cantinho da simpatia
Postado por clarissa às 8:29 PM 3 comentários
a gvt me odeia.
27.12.07
passei a vida toda ouvindo histórias de pessoas que se dão bem com as empresas prestadoras de serviços. meu pai, meus tios nunca pagaram uma anuidade de cartão de crédito na vida. quando vinha a cobrança, eles passavam a mão no telefone e lá vinha o diálogo:
- não quero mais esse cartão.
- o senhor fica conosco e lhe damos anuidade grátis.
- ok.
e dava tudo certo.
comigo, não. fico horas com uma musiquinha no fundo. horas. cai a ligação. e a única vez que tentei aplicar, o diálogo foi:
- não quero mais esse cartão.
- ok, senhora.
- tu, tu, tu, tu.
desliguei. na verdade, eu queria o meu cartão, pô.
agora, o meu problema mais urgente é a gvt. cancelei a net – e foi fácil, eles nem insistiram por mim – e estou sem internet. meu telefone é gvt, já tive adsl, sempre paguei em dia, achei que seria uma barbadinha. me mandaram esperar 10 dias. dez dias se passaram e nada. liguei:
- tem previsão pro adsl?
- não tem previsão, senhora.
- mas eu não posso ficar sem internet.
- não tem previsão, senhora.
- mas pode demorar quanto? um mês? seis meses?
- não tem previsão, senhora.
- vou ligar para a brasil telecom e trocar de operadora.
- ok, senhora.
é incrível. eles não dão a mínima.
por isso, esse blog está às moscas. não me perguntem quando vou atualizar. porque não tem previsão, senhores.
Postado por clarissa às 2:59 PM 0 comentários
fúcsia
13.12.07
eu tinha uma outra coisa pra escrever aqui. mas com essa notícia da agência globo, nem lembro mais o que era.
Casado e pai, aos 21 anos, o entregador pernambucano Leonardo Honorato da Silva está preso em Recife, sob acusação de ter estuprado uma idosa de 75 anos. Ele disse que foi a vítima que o assediou, mas, segundo a polícia e os médicos, não há dúvidas da prática do crime, porque a idosa teve o útero dilacerado. — Forcei muito, nunca peguei uma pessoa nessa idade, mas ela deixou — afirmou Silva, na delegacia, ao ser preso em flagrante depois que vizinhos ouviram os gritos da vítima. A mulher está internada no Hospital da restauração, em Recife, onde passou por cirurgia. Ela deu entrada afirmando ter sido vítima de uma queda. Mas ao examiná-la os médicos constataram a violência e avisaram à polícia. A idosa contou, então, que fora violentada e que não disse antes por vergonha.
Postado por clarissa às 4:31 PM 1 comentários
do dia de ontem
12.12.07
âpideit - solon me avisa que há sim, plano B. delícia.
*** nunca, nunca comam elma chips sensações sabor champanhe. a sensação não é de champanhe. é de que alguém virou um copo de cerveja choca na batata frita no boteco.
Postado por clarissa às 5:30 PM 1 comentários
do show, da música, dos 30 anos
10.12.07
Postado por clarissa às 2:24 PM 3 comentários
ah
8.12.07
não sou nenhuma fã do de doo doo doo de da da da the police, mas sou uma fã de acontecimentos históricos.
ficarei em casa, portanto. vendo o show e lendo a cobertura da neca no terra.
Postado por clarissa às 10:37 PM 2 comentários
eu entendo a vera fischer
"DESCONTROLE. 'Certas vezes eu ficava com tanta raiva que tremia e mordia a pia do banheiro... É bem verdade que nunca aceitei ordens, fazia o que me dava na telha. Mas com 2 anos era difícil. Eu era muito nervosa. Na hora de dormir, minha babá me dava uns comprimidos chamados Luminaletas, receitados pelo médico.'"
não, esse singelo depoimento de uma infância não é da von richtofen. é da vera fischer, um trechinho da autobiografia.
ok, boletas aos dois anos culminaram numa cara que nem a dessa foto aí do lado e explicam MUITA coisa da musa.
a silvinha fez uma bela matéria pro caderno vida (não consegui achar no zerohora.com) desse sábado, que mostra que os pais andam com uma preguiça danado dos filhos. a ritalina, remedinho tarja preta pro déficit de atenção, virou a balinha mágica que faz o filhinho estudar, ficar comportado, concentrado, em suma, um geninho. tem um filiminho massa (copyright 1990) chamado thumbsucker, em que o guri é mega dda, toma ritalina, vira um gênio da matemática, larga os comprimidinhos e... vale a pena ver.
enfim, temo pelo futuro da humanidade emboletada, vivendo num vera-fischer-style. nem todo mundo tem esse glamour.
Postado por clarissa às 10:14 PM 3 comentários
charlatã sou eu
7.12.07
tenho a impressão de que algum grandão da globo foi enganado por uma vejo-passado-presente-futuro-trago-a-pessoa-amada-em-três-dias. senão, vejamos.
um dos telejornais mais assistidos do país há dois dias exibe matérias loooongas sobre uma véia-vidente que diz que é sobrinha da madre tereza de calcutá (mas que carinha de pau, hein) e extorque dinheiro dos incautos.
mas peralá. QUALQUER vidente faz charlatanismo. tudo quanto é poste de porto alegre, quiçá do brasil tem cartaz de mãe fulaninha que tudo faz mediante uma graninha; então por que será que encarnaram nessa infeliz? que grande matéria é essa que faz a cristiane pelajo reclamar que algumas pessoas dizem ter entregue até 140 mil reais por um trabalho?
aí tem. não vejo a hora que alguém descubra (veja?) quem foi o figurão da globo que caiu no conto da pessoa-amada-em-três-dias...
Postado por clarissa às 8:24 PM 1 comentários
deus vê tudo
21.11.07
fui abastecer o auto hoje de manhã. prosaico, portanto. parei no posto ipiranga da rótula da carlos gomes com a protásio.
eu - ó, moço, onde tem álcool? (sim, eu só abasteço com álcool, para proteger a natureza. 'mas aí morrem bóias-frias, usineiros enriquecem em vai faltar comida no mundo'. eu sei. mas enquanto não comprar uma bicicleta, é assim que é.)
ó, moço - ali na frente. ele já vai sair.
paro do lado. to megamotherfucker atrasada. o ó, moço abastece a fiorino, abre o capô (ele deve ser o único que concorda em verificar-a-água-e-o-óleo), olha, olha, nada. termina de abastecer, o cara paga com cartão, demora, demora, demora. vou colocar o carro e um incauto estaciona no lugar.
ó, moço - moça, ele já tava antes, vai abastecer rapidinho.
eu - #&%¨&, mas que %¨&($, por que não me avisou?
mesmo assim, espero. espero. espero. termina. estaciono e pergunto:
eu - nada mais vai me impedir de abastecer?
ó, moço - rê, rê, não, moça.
bufando de fúria, enquanto abastece, vou no caixa eletrônico pegar dinheiro. pego. na hora de pagar, por alguma razão minha bolsa nova se engancha na minha blusa tomara que caia.
e caiu.
foi um átimo de segundo. mas paguei peitinho pro ó, moço em plena protásio alves.
bem feito pra mim.
Postado por clarissa às 11:53 AM 5 comentários
esses publicitários e suas agências maravilhosas
9.11.07
como o tião, também achei esquisito que os colegas - o baixo clero, como ele chamou - se digladie, vestindo a camiseta da agência. até porque publicitário troca muito mais de emprego que jornalista. mas só num primeiro momento. porque depois, pensando melhor, pra eles faz todo o sentido.
o jornalista, como eu e o tião, não estamos diretamente envolvidos no lado comercial da comunicação. exceto por uma ou outra pauta 500, estamos alheios ao dia-a-dia dos anunciantes.
se o zaffari parar de anunciar na zero hora, muito provavelmente não haverá uma reunião da direção com a redação, explicando que, a partir de agora, haverá cortes para se adequar ao novo momento financeiro.
os publicitários, diferentemente de nós, jornalistas, têm uma visão bem mais completa e pragmática do negócio com o qual trabalham. o compromisso deles é com a empresa e não com o leitor - e isso sem romantismo: o problema, a preocupação do jornalista é o leitor SEMPRE, é ele que compra jornal, abre site, folheia revista. e é ele que faz valer a pena anunciar em determinado veículo.
até que, um belo dia, fui pautada para cobrir o salão. acompanhei a premiação, passei a matéria por mail e, uma da manhã, pensei: agora vou curtir a tal de melhor festa do mundo. tolice a minha. o clímax já tinha passado, todo mundo já tinha enchido a cara e a festa terminou.
Postado por clarissa às 10:35 AM 3 comentários
gentileza não gera gentileza
6.11.07
mas eu to tentando mudar desde que ele presenciou um pedestre quebrar a porta de um celta a pontapés no centro de porto alegre e sair correndo, deixando pra trás, em prantos, uma motorista que cometeu o crime de buzinar pra o agressor. afinal, como todos sabemos, quem tem, tem medo.
Postado por clarissa às 10:49 AM 1 comentários
da série perguntas sem resposta
30.10.07
- se EU SEI que preciso tomar remédio e comer direito pra não ter azia constante nem estourar minhas úlceras (sim, são duas), por que eu não faço nada disso e depois tento dormir meio sentada pra não engasgar com o refluxo queimante?
Postado por clarissa às 12:38 PM 2 comentários
uruguay
24.10.07
ontem, fui pela quarta ou quinta vez na mais nova pizzaria uruguaia de porto alegre, a punta del diablo. pizzas excelentes, massa fininha e crocante, quadradas e regadas a cerveza patricia (a mais de 10,00 a garrafa, um sofrimento, mas recompensado - tava bem gelada).
definitivamente, o uruguai está na moda. o barranco, ali do lado, reunia um público relativamente pequeno para uma quarta-feira quente. mas não era falta de vontade do povo de comer carne. saindo dali, passei pela frente da parrilla del sur, na nilópolis, que bombava e tinha fila às 11 da noite.
e eu que ainda não conheço. bela desculpa pra visitar minha prima e conhecer a filhinha dela, que já tem um ano.
Postado por clarissa às 12:27 PM 3 comentários
jornal de ontem
23.10.07
para 24 horas depois, virar embrulho do cocô da preta.
sim, isso é verdade. mas também é uma metáfora.
Postado por clarissa às 11:50 AM 0 comentários
sou mais eu
19.10.07
Postado por clarissa às 2:00 PM 2 comentários
chefias
18.10.07
as demissões são sempre traumáticas, pelo menos pra mim. fui demitida uma vez (de O Sul, o que não é nenhuma vantagem - aconteceu com quase todo mundo); nas demais oportunidades que troquei de emprego, e não foram poucas, a demissionária fui eu. mesmo assim, choro que me lavo.
meus chefes sempre ficaram tristes - ou fingiram lindamente. não que eu seja a última bolachinha do pacote no que tange à competência, mas acho que sou querida, sei lá.
menos uma vez. essa demissão foi surreal. lembro até o diálogo.
Na sala do chefe:
Eu - Preciso falar contigo.
Chefe - Sim?
Eu - Recebi uma proposta de emprego.
Chefe - Se é melhor que aqui...
TRIMMMM
Chefe - Sim?
Silêncio
Chefe - Blábláblá
Eu - ...
Cinco minutos depois:
Eu - ...
Dez minutos depois:
Eu - ...
Eu - Quer saber? Depois falamos
Dez minutos depois, na minha sala:
Chefe - Tu viu uma fatura de pagamento?
Eu - Todas as faturas que recebo coloco na tua mesa.
Um minuto depois, na sala dele:
Eu - Escuta, tu não tem nem curiosidade de quando eu vou sair? Não que tu vá ficar com saudade, mas pelo menos para te organizar.
Chefe - ... e quando vai ser?
Eu - Dia 14 é meu último dia.
Chefe - Ok. Seria bom que outra pessoa já entrasse antes.
Eu - Pois é.
E assim deu-se a minha demissão. Tsc, tsc
Postado por clarissa às 11:01 AM 2 comentários
(para ouvir ao som de emoções, do Rei)
11.10.07
nunca fui madrinha de nada. nem de casamento, nem de batismo, nem de bateria de escola de samba. não tive muitas amigas que casaram, tampouco que tiveram filhos – minhas duas irmãs já prometeram seus bebês uma para a outra: como sou impopular. e, apesar de a minha carreira de modelo, atriz, cantora e apresentadora ser um sucesso, ainda estou aberta a propostas de escolas de samba, blocos carnavalescos e grupos de axé.
nesta sexta-feira, no entanto, graças ao esperado enlace do márcio e da mariella, vou perder a virgindade como madrinha. vou subir no altar – provavelmente pela última vez na vida – e ver a cerimônia por outro ângulo, que me impedirá de fazer piadinhas em voz alta para disfarçar a emoção.
e é óbvio que será emocionante. porque vou me lembrar de vários momentos que vivi com os dois, primeiro um sem o outro, depois os dois juntos. vou lembrar do márcio discutindo de cuecas com o caseiro da casa na pinheira. também vou me recordar da mariella, cheia de pontos na barriga, me pedindo pra não fazê-la rir, poucas horas depois da cesariana que trouxe a elisa ao mundo, em canoas. e de tantos outros momentos que poderão me fazer chorar e arruinar a maquiagem!
parabéns, lella e márcio. que vocês sejam muito felizes e continuem sempre na minha vida.
sobe o som
parã, parãrãrã, parã, parãrãrã, rãrãrã...
ATUALIZAÇÃO - fiz a gentileza de ligar pra noiva no meio do casamento no civil hoje. como ela mesma disse, "não te conformaste em ser madrinha só no religioso, né, cla?" que vergonha.
Postado por clarissa às 10:53 AM 3 comentários
vejo e não morro tudo
9.10.07
minha carteira de motorista vence em 48 horas - contando com o mês de tolerância, é claro. procrastinei o quanto pude, mas hoje, sem falta, vou numa auto-escola ler as letrinhas na parede.
Postado por clarissa às 8:48 AM 0 comentários
(im)paciências do cotidiano
4.10.07
eu queria - claro. a ufrgs só tem uns dez, onze mil alunos. im-pos-sí-vel não conhecer tua amiga.
e eu fiz - olha, que legal! de repente... como ela se chama? humm, não conheço.
---
interlocutor - eu gosto de ipanema. mas agora que o metrô chega lá, tá uma negrada.
eu queria - sim, hitler.
e eu fiz - hmm.
---
eu - onde tu andava?
interlocutor - acabei de cagar o risoto de ontem.
eu queria - o b r i g a d a
e eu fiz - o b r i g a d a (com esse não tem problema, é de casa. mas francamente.)
Postado por clarissa às 12:49 PM 2 comentários
topicozinhos de ontem
3.10.07
- fui a última a entender o cd, o dvd, os telefones fixo e celular. não podia ser diferente no maravilhoso mundo da banda larga. mas até que me virei direitinho, viu, tio solon?
- fomos no show do black eyed peas (valeu, álvaro!). eu era a única barra 79 em um raio de 20 metros. maria paula comprou uma cerveja e o barman pediu desculpas por ter que colocar o conteúdo da long neck em um copo de plástico. mas tava muito divertido. fergalicious. destaque para o momento sweet child o'mine, com fergie de boné, imitando axl - vicente morreria. (aliás, momento mulherzinha: ela tá com um corpão, mesmo de leggin de lamê dourado. não nesta foto de bruno maestrini, do terra. mas em parte do show, tava.)
Postado por clarissa às 12:42 PM 2 comentários
do job e das férias
1.10.07
trabalhei horrores nesta semana que passou e hoje estou curtindo uma merecida folga em casa, de pijama de ursinho.
parece que virou praxe reclamar do emprego, achar os chefes um saco, o trabalho um horror, os colegas umas malas. mas eu adoro o meu emprego. acho meu chefe um cara genial - creiam, ele JAMAIS lerá meu blog, portanto não me acusem de puxa-saquismo.
acho (a maioria) dos meus colegas bacanas. se tem uma coisa que dá pra reclamar, é do salário. mas aí é um problema generalizado do jornalismo.
taí. devo ser a única jornalista de porto alegre que vai trabalhar cantarolando de segunda a sexta. e em um reles domingo por mês.
Postado por clarissa às 6:51 PM 1 comentários
passinho à frente
28.9.07
Postado por clarissa às 12:58 PM 3 comentários
bem cuidado, tia
27.9.07
tudo isso é porque estou prestes a pedir perdão pro guardador de carro aqui da rua da firma 1. dia desses, estou dentro do carro, no celular, e o cara dê-lhe encher o saco, gesticular, puto da cara. quando o flanelinha (foto) bateu no vidro, aí, me mordi. ele queria que eu estacionasse mais pra frente. ok, mas custa esperar? dei um esporro.
Postado por clarissa às 1:34 PM 2 comentários
revendo os conceitos
25.9.07
não nego: sempre fui megapreconceituosa em relação a são paulo. poluída, feia, suja, trânsito da casa do inferno (copyright maíra carvalho - todos os direitos reservados).
mas, de uns tempos pra cá, to achando que mudei de idéia. tanta coisa pra fazer, pra comprar, pra visitar... e tanto lugar do caralho pra trabalhar, principalmente.
ok, é fácil gostar de são paulo indo na vila madalena, ficando em hotéis, sem pagar táxi. mas to cogitando essa idéia, impressionante. mordi a língua.
Postado por clarissa às 9:24 PM 4 comentários
intervalinho
24.9.07
Saiu na revista Época Negócios:
O e-cigarette é um interessante aliado para quem quer parar de fumar. Parece um cigarro e oferece a sensação que ele proporciona, sem os malefícios. Funciona com pilhas e descarrega nicotina de tempos em tempos, como os adesivos e chicletes. Diferença: simula o ato de fumar. Preço: US$ 200 www.ruyanchina.com
Isso comprova a minha tese de que, mais do que viciados em nicotina, os fumantes não conseguem se desvencilhar do hábito de segurar o cigarro entre os dedos. É aquela muletinha, que te dá o que fazer e com o que ocupar as mãos.
Não fumo, mas morro de inveja dos fumantes, que saem por 15 minutinhos do trabalho e confraternizam na rua. Ninguém me chama pra ir lá fora. Pra participar deste evento social, já fui lá fora com eles pra mascar chiclete, tomar água ou só conversar, mas como poderia fazer qualquer uma destas coisas sentada no meu lugar, e de preferência trabalhando, me sinto meio deslocada.
Não vou chegar ao ponto de começar a fumar - aos 28 anos, seria de uma burrice ímpar. Mas também quero brincar lá fora.
Postado por clarissa às 10:34 AM 0 comentários
achei importante fazer o registro
21.9.07
*** trabalhar no feriado é chato. mas se o feriado cai numa quinta-feira, trabalhar na sexta é de chorar. ***
Postado por clarissa às 12:12 PM 0 comentários
retomando o blog com um dedinho de prosa
19.9.07
pois isso já tem algumas semanas. e, tendo em vista que moro com outras cinco pessoas, nunca me ocorreu que pães de sanduíche, litros de leite e frios estragassem tão rapidamente quando dependem de um só comensal. sim, mesmo fechados e/ou na geladeira, mãe.
o estrago já contemplou um pote de requeijão, umas dez fatias de pão light westphalen, pacotes fechados de blanquet de peru e meio litro de leite, pelo menos, além de alface e tomate.
hoje, me rendi ao leite em pó, com margarina, que não azeda, e torradinhas, que não mofam. tão sem graça, mas, mesmo assim, compensam o acordar um bocadinho mais tarde.
Postado por clarissa às 9:40 AM 0 comentários
pelo menos a piada se salva
12.6.07
Postado por clarissa às 5:58 PM 6 comentários
a arte de comer fora de casa
30.5.07
- SPINA - fizemos piadas com o garçom na frente dele, gargalhamos histericamente, a maíra deve um engasgo praticamente fatal e recebemos um olhar horrorizado de uma senhora acerca da pauta politicamente incorreta que debatíamos alguns decibéis acima;
- SALVIA PIZZA - neste foi pouca coisa. só desmanchei as bolachas de chope até virarem papel reciclado;
- SALVIA PIZZA, A MISSÃO - desta vez, a má-criação não foi minha, mas acho de suma importância registrar.
pedimos 3 pizzas grandes entre 7 pessoas. comemos a primeira toda. chega o garçom, piadista afú, deve ter saído de um rodízio.
garçom sério, muito sério, sério mesmo - não gostaram da pizza? eu levo embora.
acabamos com as pizzas, ele voltou à carga:
garçom sério, muito sério, sério mesmo - não querem uma pizza doce?
todos, em uníssono (tá, não é verdade, mas seria engraçado) - nãaaaaao
garçom sério, muito sério, sério mesmo - uma média de morango dá uma fatia pra cada um e sobra um pedaço pra mim.
pedimos a pizza, comemos. no final:
garçom sério, muito sério, sério mesmo - ué, não vão querer sobremesa?
e na hora da conta:
garçom sério, muito sério, sério mesmo - só não aceitamos cheque de são paulo (para uma pessoa que preenchia um cheque adivinhem de onde?)
Postado por clarissa às 9:37 AM 2 comentários
se eu vier a faltar
29.5.07
quando eu estava na primeira série, em 1986, quase rodei por falta. tive 45 ausências no ano letivo, que tiveram que ser muito bem negociadas com as freiras do santa inês. é que, quando tava frio, minha mãe não me levava no colégio. e olha que eu estudava de tarde.
ou seja, só pode vir daí essa vontade louca de matar o trabalho e a aula no inverno, e essa mania de estar sempre correndo atrás do relógio. se um dia eu vier a faltar, como dizia o dr. roberto marinho, não me culpem: reclamações no guichê da dona katia.
Postado por clarissa às 10:20 AM 2 comentários
por favor, aceite esta manga
28.5.07
confesso que tinha enchido o saco do orkut. muito spam, muita gente que eu não conheço tentando ser minha amiga (pra que, meu deus?), parecia que tudo o que tinha pra acontecer, já tinha.
qual não foi a minha supresa quando vejo agora que a única alegria da minha vida - pelo menos até esse frio de matar polaco terminar - é entrar em comunidades bizarras no orkut. "sofri um acidente geográfico", "niilismu miguxu", "confabulando até o chão", "maratona de tetris humano", "por favor, aceite esta manga" são algumas das tribos a que me associei nos últimos dias. sem participar, claro. só saber que estas imprescindíveis comunidades que reúnem pessoas com tanto em comum estão ali, ao alcance do mouse, me faz mais feliz.
não contente em me divertir sozinha com isso, fico deixando scraps para os amigos com indicações bizarras. se tu é meu amigo no orkut, não se espante e, por favor, aceite esta comunidade.
Postado por clarissa às 9:31 PM 0 comentários
xô, eufemismo
27.5.07
as pessoas têm que ser mais claras com o que querem, eu simplesmente não entendo eufemismos – e não sou a única. taí a maria paula (assim que tiver tempo, lincarei aqui o maravilhoso blog dela, www.banhodeloja.blogspot.com) que não me deixa mentir.
- oi, gurias, hoje é meu aniversário.
a maria, simpaticona, diferente de mim, que simplesmente ignorei a guria, diz, prontamente:
se vira pra mim e pergunta:
- tu conhece, clá?
e eu sacudo a cabeça, em negativa efusiva. a menina volta à carga:
- olha só, o que eu quero dizer é que é meu aniversário e eu reservei esse espaço aqui há um tempão.
e nós, ainda sem entender, sacudimos a cabeça afirmativamente, grunhimos uns “ah, legal”
- eu queria dizer que eu reservei o lugar pra receber meus amigos.
e TUM, finalmente cai a ficha aqui. digo:
- não, não é bem assim, espero que vocês entendam, gurias.
e a gente passou o show todinho de pé, fazendo quentinho no corredor. pior que tava bem melhor que sentada, juro.
Postado por clarissa às 11:22 PM 2 comentários
melancolia na sexta de noite*
25.5.07
estou de saco cheio de ser adulta. de saco cheio de ter contas a pagar, de ter que tomar decisões, de ter que acordar cedo pra trabalhar e dormir tarde porque tava trabalhando. confesso, eu quero que a minha mãe não deixe eu sair todos os dias, que o meu pai reclame da saia curta. quero ir pro colégio, matar o quarto período depois do recreio e comer um enrolado de presunto e queijo na padaria com a talita e a juliana - as minhas amigas do colégio que eu infelizmente nunca mais vi.
Postado por clarissa às 8:14 PM 1 comentários
campanha deixe um cd bizarro pelo mundo
15.5.07
vindo pro trabalho, abri o case de cds, tinha um em branco que não era lá muito familiar. é esse, enfiei no som. e toca o setlist, mais ou menos na forma que segue:
doida demais – de os normais
toda forma de poder – engenheiros do hawaii
cidade maravilhosa – a marchinha
um tapinha não dói - o funk
carruagens de fogo – a lenda
mc sargento - a genialidade
e por aí afora, donde me surgiu a idéia de criar uma campanha: deixe um cd bizarro pelo mundo. grave suas músicas mais constrangedoras, engraçadas, divertidas e abandone em praças, bares, livrarias, consultórios dentários. faça o dia de alguém mais feliz. quem deixou esta pérola no meu carro, certamente deixou o meu.
Postado por clarissa às 11:18 AM 4 comentários
ó, dia, ó, céus
11.5.07
Postado por clarissa às 1:05 PM 6 comentários
bem-aventurados os boca-abertas, que deles é o reino do senhor
2.5.07
no trabalho, toca o telefone:
- mas eu estava só esperando a senhora!, grita o frentista, de braços abertos. e me dá os 450 reais em dinheiro.
obrigada, senhor, protetor dos boca-abertas.
Postado por clarissa às 4:19 PM 7 comentários
literatura
1.5.07
ninguém me perguntou, mas li no blog da márcia (e olha a preguiça de lincar de novo, desculpaí, gente) uma corrente pra listar os cinco personagens da literatura que eu traçaria. esta corrente de mail é sensacional, dificilmente se repetirão os personagens, porque literatura, como a gente bem sabe, cada um imagina como quer.
como a márcia listou com maestria o povinho internacional, vou falar dos brasileiros, que, como todo mundo sabe, é o povo mais quente, que mais transa e que mais mente no mundo. Como eu leio muito, mas tenho memória de peixe dourado, listarei os 4 que me ocorrem.
1. Mandrake, de vários livros do Rubem Fonseca, como A Grande Arte. Detetive irônico, sexy, canalha e muito, muito inteligente. Meu tipo horrores.
2. Rodrigo Cambará, de O Tempo e o Vento, do Erico Veríssimo. Tanto o Capitão (sem a cara do Tarcísio Meira, thank you very much, globo) quanto o doutor, traçava certo. Os dois têm um jeito divertido e sem compromisso de encarar a vida, hedonistas (o doutor ainda carrega alguma culpa no coração, mas o capitão...) Sem contar que tenho uma tara por bombachas. Pronto, falei.
3. Vadinho, de Dona Flor e Seus Dois Maridos, do Jorge Amado. Eu já gostava dele antes de ser o José Wilker. Mas, quando ele virou o Edson Celulari, nossa, sem condições. Boêmio, jogador, seresteiro e galinha. Procura-se vivo ou morto.
4. Vasco, não o time, mas o primo da Clarissa, do Erico Veríssimo. Não queria repetir escritores, mas este entra por razões sentimentais. Além de ele ser idealista, forte, meio bicho-do-mato, passei a infância achando que o meu namorado teria esse nome. Pobre criança.
Postado por clarissa às 10:07 PM 3 comentários
melhor piada já feita
28.4.07
Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago. Seus discípulos se ajoelharam à sua volta, e disse Jesus:
- João, beija a minha mão!
João levantou-se, aproximou-se de Jesus e beijou-lhe a mão.
- Tomé, beija o meu pé!
Tomé levantou-se, aproximou-se de Jesus e beijou-lhe o pé.
- Nicolau, por que te afastas?
Postado por clarissa às 8:34 PM 1 comentários
expressões clássicas da escatologia
por anos, nenhum sentido na expressão 'queimar a bota'. até o ano passado.
'o que eu vou fazer com esta bota vermelha?', pensei eu, no inverno dois mil e seis. essas idas a novo hamburgo para comprar sapatos de ponta de estoque tem destas coisas, um bico fino amarelo-gema ou um salto alto de bolinhas se tornam compras excelentes (comprei os dois, juro).
a bota vermelha foi assim, e ficou guardada por um ano. um dia, minha superfashion amiga pauletti usava uma botinha marrom manchada, coisa mais bacana. e era customizada. 'minha amiga me ensinou, a gente rega com azeite e coloca no forno, fica assim'.
pô, sensacional. tenho azeite, tenho forno, tenho uma bota inútil que poderia ficar bonita manchada. minha mãe, incrédula, 'tem certeza? no forno?' não dei ouvidos, reguei a bota que nem um bacalhau, acendi o forno - bem baixinho -, enfiei a bota numa fôrma.
acho que cabe registrar aqui que não sou uma exímia cozinheira, por impaciência. acabo comendo arroz meio cru, massa al dente demais, molho ralo. mas desta vez, não. desta vez, a bota ia ficar perfeita, vou deixá-la um bom tempo no forno. (não posso acreditar que pensei nisso realmente)
dez minutos depois, vi o verdadeiro significado da expressão queimando a bota. ela derreteu, couro, salto, tudo grudou na forma, uma beleza.
mas o pior foi o cheiro. e aí tudo passou a fazer sentido.
Postado por clarissa às 8:15 PM 10 comentários
Vote no rei
25.4.07
2. Conselheiro – Teria um excelente conselheiro real, disposto a me ouvir dia e noite sobre assuntos de suma importância (“vou de preto ou marrom?”), mas ele teria de ser taxativo nas respostas (“preto, é claro”), numa clara alusão ao movimento pelo fim do conselho “tu quem sabe”, isso não serve de nada.
5. Noite - Baixaria um decreto forçando que as festas começassem às 21h e se estendessem até a hora que eu quisesse ir embora, para que eu não perdesse nada. Ah, quer ficar mais? Cortem a cabeça!
Acho que por hora estas medidas estão de bom tamanho. Dispensados.
Postado por clarissa às 10:49 AM 4 comentários
outros
24.4.07
sabe quando as pessoas dizem que fulano tem outro por dentro, não no sentido sexual,é claro, mas sim “ei, que atitude inesperada vinda de fulano”?
pois é, meu caso é mais esquisito: eu tenho outra por fora.
tem uma clarissa, a de dentro, que acha razoável aprender a nadar aos 27 anos, que pode sim ter cabelos compridos até os 40 (ou até os 80, e daí?), que pirulito é um lanche como outro qualquer.
e tem a clarissa de fora, que fica me cuidando. vez por outra (juro), posso ouvi-la rindo da minha cara e das minhas atitudes.
mas eu pego essa cretina no contrapé. tudo bem, não aprendi ainda a nadar, depois dos 35 pretendo mesm0 manter os cabelos mais curtos, to deixando pra chupar pirulito em casa. mas hoje sacaneei: fui para o trabalho ouvindo hips don’t lie, da shakira. mas, pra ela não escutar, com os vidros do carro bem fechadinhos.
Postado por clarissa às 9:34 AM 1 comentários
paixão
23.4.07
a verdade é que os sinais já estavam ali, eu que não tinha percebido. primeiro, era apenas um amigo, a quem eu podia recorrer quando tinha alguma dificuldade. sempre de braços abertos, ouvia pacientemente as minhas dúvidas e, milagrosamente, tinha resposta pra tudo. quando não tinha, me indicava algum caminho a seguir.
quando eu menos esperava, este sentimento foi crescendo, porque ele foi me oferecendo mais e mais de si. as conversas foram ficando mais freqüentes, por e-mail, no bate-papo instantâneo, em rodas de amigos. quando vi, até pelo celular mantínhamos contato, ele sempre disponível, maravilhoso.
é isso. me apaixonei, não sei mais viver sem ele. google, te amo.
Postado por clarissa às 12:28 AM 0 comentários
Análise aprofundada do aquecimento global
20.4.07
não há como negar, o aquecimento global é uma falta de respeito com as pessoas. em pleno meio de abril, um gaúcho, veja bem, não um qualquer, um cidadão de bem, que paga seus impostos e mantém a cidade limpa não pode usar uma calça jeans e mangas compridas sem derreter como uma calota polar. a saída é requentar as roupas de verão, saias, blusinhas, calças curtas.
só que a corzinha que foi adquirida nas areias de ibiraquera nas férias de janeiro já foi pro espaço. dá pra dividir o corpo em off-white (branco normal) e white (brancura padrão omo). quando a única saída parecia ser fritar em uma cama de bronzeamento artificial, eis que surge nas prateleiras da farmácia o melhor dois-em-um desde o rádio com toca-fita: dove summer tone, o hidratante que bronzeia. por apenas 15 reais, pele macia, cheirosa, levemente melequenta, mas bronzeada sutilmente.
a aplicação é um tédio. diferente do hidratante, não dá pra passar a bangu, correndo-se o risco de fazer o estilo zebra. demoooooora a secar. na embalagem, fala em alguns minutos. pra mim, alguns minutos sem fazer absolutamente nada, parada em pé na frente do ventilador, podem ser no máximo dois minutos. mas acho que não baixa de 20. usei só duas vezes até agora, eles prometem resultados em cinco dias ou seu dinheiro de volta (a propósito, alguém aí usou esse expediente com algum produto?). no entanto, já dá pra notar que o branco-posso-ver-minhas-veias diminuiu. por enquanto, to recomendando. mas, se ficar terracota, como é que eu tiro isso?
Postado por clarissa às 9:14 AM 5 comentários
numa folha qualquer...
15.4.07
não é do meu feitio chorar em casamentos (uma exceção feita ao enlace da laura e do fabiano, mas aí os votos é que me nocautearam. sentimento, hein, gente). mas ontem, no casamento do rivo e da fabi, não deu pra segurar. tocar "aquarela" instrumental na igreja é pra pisotear a clarissa.
"aquarela" é a música que mais me faz chorar na vida. só de escrever, meus olhos se enchem de lágrimas. não faço a MENOR idéia da razão de isto acontecer. a música é fofinha, era para lembrar a faber-castell, os lápis de cor e fim de papo.
mas não. basta começar os primeiros acordes para a reação começar. o olho enche d'água, eu tento olhar pra cima pra ver se as lágrimas entram de volta e não me arruinem a maquiagem. não funciona. antes do "descolorirá", já estou em pranto solto. constrangedor.
Postado por clarissa às 11:40 AM 7 comentários
Nada mais que um condomínio
4.4.07
Uma cidade nada mais é que um grande condomínio mesmo. E o prefeito, o síndico.
Vai dizer que não:
Bermudas e sandálias
O prefeito José Fogaça sanciona hoje a lei que permite a utilização de bermudas, até os joelhos, e sandálias fechadas, para os motoristas de táxi e lotação da Capital. Os condutores de ônibus já eram beneficiados com essa prerrogativa. A solenidade será às 14h45min, no Paço Municipal (Praça Montevidéu, 10). (ZH)
Postado por clarissa às 11:08 AM 2 comentários
putz
3.4.07
o guns não vem mais.
devia ter ido no show do chico...
Postado por clarissa às 12:14 PM 0 comentários
momento enxaqueca
29.3.07
é no sesi, ou seja, vai ser um saco de entrar, um saco de estacionar, um saco de sair.
o que pega é que o cara é mito. tem letras absurdamente fantásticas (que na minha pobrezinha opinião são melhor cantadas por vários outros intérpretes). só por isso vale enfrentar os obstáculos. e, cá entre nós, vá que ele morra.
Postado por clarissa às 2:37 PM 2 comentários
Yo soy un hombre sincero...
27.3.07
quais são as chances de um boliviano vestido a caráter adentrar o T-7 às 10h30 da manhã? e, contra todas as probabilidades, começar a tocar no violão não carnavalito, mas a cubanita guantanamera?
e o que a estatística diz de, neste momento, o celular de um passageiro, cidadão honesto e pagador de seus impostos, tocar?
e o que dizer da hipótese de este telefonema encerrar uma proposta de trabalho?
como explicar pro possível empregador que tu não está fazendo um bico na rua da praia tocando uma flauta de bambu, mas sim dentro de um pacato ônibus, enquanto rola uma guantanamera furiosa ao fundo?
não aconteceu comigo, infelizmente.
mas a história é verídica e, disparado, a coisa mais engraçada que ouvi hoje.
Postado por clarissa às 10:39 PM 1 comentários
desnaturada
24.3.07
sou uma mãe moderna. acabo de dar um pedaço de lingüiça calabresa pra preta para compensar minha falta de atenção hoje.
será que vou ter de levá-la ao psicólogo?
Postado por clarissa às 12:48 AM 0 comentários
bem cuidado, tia
23.3.07
quando trabalhava no palácio Piratini, deixava o carro na duque. primeiro, numa garagem com brita, que odeio. aí, vi que tinha um tiozinho de barba zz top que cuidava da rua. eu chegava às 8h e lá tava ele, saía às 20h (quem disse que ccs não trabalham?) e ele seguia, firme.
pensei em deixar o carro ali e fui negociar, já que a garagem custava 100 pilas por mês. ele deixou, ficou por 2 pilas o dia depois de muito regatear, mas com uma ressalva: freio de mão solto. "tudo bem", se era pra gastar 80 a menos, até amasso a placa…
só que o cara era flor de criatura; nunca rolou um arranhãozinho. comecei a deixar a chave com ele, pra lavar. ele lavava, manobrava, até costurou o banco do fiesta, que tava furado. quase um marido. quando saí do piratini, até abraço eu dei nele. que cena.
estive livre dos flanelinhas até hoje, quando voltei a usar ruas que têm dono pra estacionar. na frente do novo emprego tem um flanelinha superatuante, em dois dias já me contou que tá cheio de mulher que estaciona mal por ali e que eu tenho que chegar 15 minutos antes pra conseguir vaga. ele também é de uma ingenuidade emocionante. comentou, enquanto eu procurava moedas no fundo da bolsa:
- um senhor que mora aqui deixava o carro dia e noite aqui na rua. mas, depois que o carro dele alagou, ele finalmente ABRIU A MÃO e decidiu pagar uma garagem. aqui nessa rua não dá pra deixar.
será que ele ganha salário fixo? certamente, não recebe por produção.
Postado por clarissa às 7:50 PM 0 comentários
peixota part-time
22.3.07
fui obrigada por meu (ex) cunhado e por meu namorado a me inscrever em um concurso. meu cunhado me trouxe livros, meu namorado insistia que eu estudasse. não abri nenhum dos calhamaços de teoria da comunicação, da assessoria de imprensa, do jornalismo. deixei todos empilhados em cima do meu dvd e fui reler um apanhado de crônicas do Nelson Rodrigues.
num sabadão de sol, rolou o concurso. não estava a fim de ir. meu namorado implorou que eu fosse, me deu carona e disse que me buscaria. concordei, puxa vida, diante de tanta insistência não tive como negar.
a prova começava às duas. cheguei 5 pras duas, achando que não dava mais. mas dava. subi.
- qual o tempo da prova?
- quatro horas, disse o fiscal
- não, o tempo mínimo.
- não tem tempo mínimo, garantiu, para meu alívio.
na sala, vi pessoas com quem já trabalhei, outras que já conhecia e muita gente cheia de polígrafos, debatendo a matéria.
respondi as questões. 40 delas. e saí quinze para as três da sala.
dois dias depois, o gabarito. puxa, errei só cinco. mas como a prova era muito baba, todo mundo deve ter gabaritado, pensei.
hoje, me liga o (ex) cunhadão:
- viu que tu ficou em primeiro no concurso?
- fiquei?
- em primeiro, empatada com uma guria.
- fiquei?
- agora só tem de levar os títulos lá.
- mas eu não tenho nenhum título.
- de repente, a outra guria não tem nada.
ledo ivo engano. ela tem sim. TRÊS faculdades. nada mau.
só que a primeira foi embora. e fui chamada pra assumir.
viro peixota part-time a partir de amanhã. mas to achando que não vai ser fácil...
Postado por clarissa às 10:17 PM 2 comentários
festa da melancia só em 2008
ontem, acordando e vendo o programa da ana maria braga, descobri que era dia de são josé, presumo que o mesmo são josé pai de jesus. pois bem.
lá pelas tantas, aparece uma matéria com uma senhora que credita o fato de ter um marido, dois filhos, casa, carro, emprego a uma prosaica promessa. lista-se o nome de todas as frutas que se conhece numa folha. depois, basta recortar os papeizinhos com os nomes, dobrar e fazer um sorteio, com a graça em mente. a partir daí, o resto é fácil: basta ficar um ano sem comer a fruta sorteada, tampouco variações como caldas, chicletes, sorvetes daquele sabor.
óbvio que eu fiz. e deu melancia. hohlfeldt, nem me convide.
Postado por clarissa às 12:06 AM 0 comentários
mexidas
17.3.07
tem umas três comidas que a minha mãe sabe fazer bem com b maiúsculo. o resto, fica meia boca, não adianta (e esse é o meu futuro, ao que parece).
ovos mexidos, por exemplo. uma coisa que parece tão simples, ela fazia e eu achava horrível. passei 13 anos da minha vida com a plena certeza de que odiava ovos mexidos.
até que um dia, a nossa turma do colégio foi passar o fim de semana no sítio de um colega, o francisco, em são francisco de paula. quando a mãe dele trouxe ovos mexidos pra mesa do jantar, tremi. mas, depois que eu comi, nossa, aquilo ali que era ovo mexido? uma delícia, que nem todo aquele fim de semana lá atrás, no primeiro grau.
naquele mesmo ano, o chico foi meu "cabo eleitoral" em uma eleição para "prefeito" na sala de aula. nossa plataforma eleitoral eram casas populares feitas de sabão. mesmo assim, a gente ganhou. ele sempre era líder e eu, a vice. brigávamos e fazíamos as pazes todos os dias. aí, ele se mudou pra serra e perdemos o contato.
to pensando nessas coisas desde que soube que o chico sofreu um acidente horroroso de carro. hoje, recebi um mail contando que ele morreu ontem, depois de ficar algumas semanas em coma. não falava com ele há mais de dez anos. mas, mesmo assim, senti muito, muito mesmo.
ficam as lembranças, que não são poucas.
Postado por clarissa às 1:11 PM 0 comentários
drogas copifan, donde mas barato dan
15.3.07
sou colorada desde criancinha - literalmente, uma de minhas fotos mais antigas mostra um bebê johnson com a faixa de inter tricampeão na cabeça.
já fui de ir no estádio em (quase) todos os jogos, na década de 90. hoje vejo mais pela tevê, ouço no rádio, acompanho na internet, a verdade é que estou um pouco mais alheia ao coloradismo, mesmo com a campanha do ano passado.
só que eu nunca vou poder deixar de torcer pelo inter. por um problema pessoal mesmo. é que os três "homens da minha vida" - meu pai, meu namorado e meu chefe - são colorados doentes. quando o inter faz uma merda como a última, contra o vélez sársfield, tomando três gols, acaba a paz no meu mundinho. em casa, no trabalho e na rua, o mau humor vira uma constante.
pelo menos, o grêmio fez sua parte hoje, perdendo pro... pro... pro quem, mesmo?
amanhã, vai ser um dia melhor.
Postado por clarissa às 11:44 PM 0 comentários
... and counting
13.3.07
essa mesma foto aí foi capa dos meus cadernos durante boa parte da década de 90 - nossa geração é a aurora precursora da customização. e ainda falam mal de colégio de freira.
enfim, a capa do meu caderno vai fazer show daqui nove terças-feiras no gigantinho, em porto alegre. ok, ele vai estar mais pançudinho; já deve ter aposentado a meia soquete dentro da bermuda. mas ainda é o cara, não adianta.
também no gigantinho, há alguns anos, vi (meio de longe) outra capa de caderno, o anthony kiedis. ele também não era mais o mesmo - parecia mais o iggy pop. mas valeu cada minuto.
ok, não sou uma superfã de guns até hoje como alguns por aí (né, vicente?). mas ainda tenho a minha bandana e quero estar lá pra ligar a luzinha do celular quando tocar patience.
e aí só vai faltar o bon jovi.
Postado por clarissa às 8:56 AM 2 comentários
véia faceira barbaridade
12.3.07
uma década depois, vejo que foi incrível eu ter sobrevivido ao ano da minha entrada na fabico. crianças, ainda vendia-se cerveja no bar da faculdade, já pensaram? como se manter dentro da sala de aula? e, uma vez lá dentro, como manter um mínimo de dignidade?
a mesa de sinuca, com as seis caçapas cheias de caídas, era o centro das atenções, não tinha truco, nem nada destas modernidades. no toca-disco (ok, já existia cd, mas na fabico não), algum elepê do pink floyd ou the doors. no pátio, gurias de saias indianas e faixas nos cabelos sentadas na grama queimando um. eram os anos 70 no final da década de 90, baby, e eu estava lá. aproveitei tudo o que pude.
quem reclama da fabico não sabe brincar.
mas os anos foram passando, a cerveja sumiu do bar (aliás, o BAR sumiu), as ripongas cresceram, a mesa de sinuca ficou obsoleta e quase foi rifada a um real dia desses. a gente começa a virar mocinha, namora, trabalha, se forma, mantém a mesma turma, hoje repleta de casais pacíficos.
só que houve as férias de janeiro. quando eu lembrei que ficar com a gurizada sem fazer nada, enchendo a cara, falando bobagem é muito afudê. mais do que férias, me senti voltando no tempo em que não dava nada fazer isso.
e o que aconteceu foi que, dez anos depois das locas noches del verano (e outono, inverno e primavera) de 1997, virei uma véia faceira. tanto que hoje é segunda-feira e to indo no opinião ver um show do tim maia racional cover. shame on me.
Update essa juventude não tem respeito pelos mais velhos? como é que me faz um show em plena segunda-feira depois da meia-noite? terça-feira é dia de trabalho, tra-ba-lho. tão pensando o quê? tive que sair antes, não vi nada. conto com o ricardo pra me contar tudo. shame on me.
Postado por clarissa às 9:23 PM 0 comentários
sou uma rapidinha
11.3.07
um dia, e lá se vão 13, 14 anos, menti pro meu pai que ia passar o dia com a minha irmã menor no grêmio náutico união e fui ficar com um guri meio mau elemento lá no colégio rosário.
deixei-a com dez anos absolutamente sozinha nas piscinas e me fui protásio alves afora de ônibus até a barros cassal. lá, subi a rua de cabeça baixa, andando rápido, para não ser vista.
chegando no rosário, tudo se deu como deveria, voltei pro união, peguei minha irmã e viemos pra casa.
só que, em vez de ficar quieta e agir naturalmente, fiquei no portão de casa esperando meu pai chegar por uma hora. é que eu precisava saber se ele tinha me visto. desde pequena sou assim, não consigo esperar pela mijada: me atiro em cima dela. ele chegou e a primeira coisa que perguntei foi: tu passou perto do rosário hoje, pai?
isso nunca mudou. tem um cara que trabalha comigo, que naturalmente não me conhece direito, mas diz sempre um troço do tipo tudo-a-ver: que eu tenho ejaculação precoce. (pronto, agora tudo que é impotente vai cair nesse blog numa pesquisa no google)
mas é verdade. sou muito ansiosa, me atiro nas coisas e quero tudo para ontem. anteontem, se possível. se eu gosto de um lanche, como todo dia; se vou num bar que curti, quero de novo, de novo, de novo. me meto onde não sou chamada no afã de resolver problemas que nem são meus.
não teria lá grandes problemas ser assim. só que o que acontece é que logo encho o saco do que parecia ser a coisa mais afudê do mundo desde a invenção da bala-chiclé. e aí começa tudo de novo.
tudo isso porque não tem mais nada para eu comer de tarde no trabalho. foram alguns dias que levei sanduíche de pão de soja - não posso mais olhar. toddynho light, ugh. além de eu ter enjoado, um lote veio azedo, traumatizei. chá verde tá foda, to começando a enjoar. comprei uns biscoitos de arroz por indicação, vamos ver quanto tempo vai durar este gostinho bom.
Postado por clarissa às 12:45 AM 3 comentários
tem gente que chora; e tem gente que vende lenço*
estou desde janeiro envolvida em três trabalho completamente diferentes - além do jornal do comércio, evidentemente. tudo para garantir a subsistência de uma forma mais ou menos digna. vou omitir os nomes dos lugares só por frescura, me dêem este direito.
o primeiro é um relatório anual de uma grande empresa.
o segundo é um guia de gastronomia de uma revista semanal nacional de grande circulação.
o terceiro é uma coluna social para executivos de uma revista mensal de circulação regional.
como vem tudo ao mesmo tempo agora, tenho que usar todo o tempo livre que tenho pra trabalhar neles ao mesmo tempo. (tempo, tempo, tempo, três vezes na mesma frase. sem condições de resolver isso agora)
vez ou outra, escrevendo que os quitutes são inspirados nas antigas receitas da avó da proprietária da confeitaria, toca o telefone e é a entrevista com o executivo, que eu tinha marcado. pára tudo, vamos criar um link da vida dele com os seus planos para a carreira. nesse ínterim, chega um mail pedindo a revisão de uma parte do balanço, com todos os seus ebitda, receita líquida, lucro bruto.
e lá se vai a manhã que começou às 8h. toca pro JC pra trabalhar até 21h30.
chegando em casa, começa de novo: receita de pudim de leite, análise de balanço social, por que diabos os caras da assessoria de imprensa não mandaram a foto do entrevistado da coluna???
só escrevi isso tudo pra pedir: por favor, parem de perguntar se eu estou ficando rica. vocês conhecem algum rico que trabalha?
* este título é o nome de um livro que vi um tiozinho comprar hoje na livraria cultura. achei géeeeenio.
Postado por clarissa às 12:15 AM 2 comentários
i give up
9.3.07
depois de passear pelo site do adão iturrusgarai, não vou mais tentar ser engraçadinha nesta vida, correndo o risco de ter um sorriso amarelo como resposta. toda vez que me der uma vontade incontrolável de ser espirituosa, é fácil: vou postar uma tirinha.
ou do fernando gonsales
ou quem sabe do laerte (que perca, hein, seu zero hora?)
Postado por clarissa às 8:58 AM 0 comentários
estagiários, este seres maravilhosos
7.3.07
já que estou contando as bizarras histórias de trabalho que já vi, vou entrar no capítulo estagiários. Morro de saudade de ter estagiários diretos, já trabalhei com gente maravilhosa, como a camila, a carol, o carlos, o orestes, o juvenal, e tantos outros que não vou citar mais porque vou acabar esquecendo.
Mas as histórias de alguns são incríveis.
Lembro de uma que tinha um namorado com o qual ela brigava todo dia. Inclusive por telefone, no trabalho. Mas a própria se encarregava de contar quando não era explícito.
Um dia, o namorado levou a menina pra jantar. Só que, depois de comer, ela se sentiu mal e vomitou horrores. E ele brigou com ela, com uma lógica irrefutável: “gastei uma fortuna nesse jantar pra tu vomitar tudo!!!”
Outro realmente não sabia nada da vida. Ok, estagiário é pra aprender, mas eu achava muito gozado (ops) ele escrever numa folha antes de telefonar: “alô, meu nome é fulano, eu sou de tal lugar, queria saber se vocês receberam o release tal”.
Um dia, pedi pra ele puxar uma ligação do telefone da minha colega, porque eu estava no outro telefone.
eu disse:
- é só apertar o 8.
e ele realmente só apertou o 8.
e eu:
- não, tem que tirar do gancho e apertar o 8.
ele tirou do gancho, apertou o 8 e COLOCOU DE VOLTA NO GANCHO, desligando na cara do outro. Pobrezinho.
Postado por clarissa às 10:31 PM 0 comentários
tiro de metas
6.3.07
a mariella me passou e aí vão:
5 coisas que eu quero fazer antes de morrer
- ser maratonista (jura!)
- aprender dança de salão (depois dos 50)
- ter um (a) afilhado (a)
- ter dinheiro suficiente pra não me estressar
- e, imeadiatamente antes (de morrer), tomar uma injeção de morfina
5 coisas que eu faço bem
- piada
- pão com alho
- caipirinha
- esquecer
- chorar
5 coisas que eu mais digo
- rasgar as vestes
- saiu correndo, nu (ops, acho que temos aí uma obsessão)
- canalha
- por favor, massagem, massagem
- pronto, falei
5 coisas que eu não faço (ou não gosto de fazer)
- exercício
- brigar
- dormir antes de sair pro trabalho
- ir no cinema muito tarde da noite (pronto, falei)
- acordar de bom humor
5 coisas que me encantam
- hum... gente engraçada
- beijo no pescoço
- a preta (óum)
- sutileza (deve ser porque eu não tenho nenhuma)
- confraria
5 coisas que eu odeio
- mexer no olho (colírio, beijo, dedo, olho não é pra encostar)
- acabar o xampu, o leite gelado, o papel higiênico na hora que preciso
- refri de uva, chiclete de canela, azeitona, pepino em conserva
- querer ir embora e estar de carona
- querer ficar e estar de carona
lella, perdão, mas não vou passar adiante, porque acho que os blogs de todas as pessoas que eu conheço já têm isso. no entanto, aceito as sanções cabíveis, como azar eterno, nunca mais ter sexo ou morrer dentro de doze horas.
Postado por clarissa às 8:20 PM 3 comentários
A pior chefe
5.3.07
Por alguma razão obscura, me colocam a chefiar gente desde o meu primeiro emprego de jornalista (antes, fui vendedora numa loja. Pronto, falei). Deste primeiro flerte com o poder (cruzes), aos 21/22 anos, ficaram duas memórias nada lisonjeiras.
A primeira vem de uma ex-repórter que chefiei em O Sul. Ela foi pro Jornal do Comércio, onde trabalho hoje, feliz da vida por ter se livrado de mim. Um belo dia, quando ela soube que eu ia chefiá-la novamente, entrou em desespero. Triste.
A segunda vem de uma hoje grande amiga, a Carla. Ela lembra até hoje de quando fui chefe dela. Disse que eu fiquei no pé até ela fechar uma matéria. Quando vi que não ia mais dar tempo, mandei ela fechar o arquivo e disse que eu mesma ia terminá-lo. Ela conta que ficou furiosa. Mais triste.
Já no Terra, onde também fui déspota (porém, esclarecida), outros dois episódios lamentáveis se sucederam.
Um dia, devo ter infernizado tanto o redator, que ele saiu para o lanche e nunca mais voltou. Deixa eu dizer isso de novo: ele saiu para o intervalo de uma hora e não voltou mais. Só dois dias depois, pra acertar as contas.
De outra feita, um redator se demitiu e foi reclamar de mim no Recursos Humanos. Que horror.
No Jornal do Comércio, ainda não aconteceu nada deste tipo. Mas mandei um mail coletivo forçando os repórteres a lerem (e comentarem) no meu blog. Vão querer pagar pra ver?
Postado por clarissa às 11:28 PM 5 comentários