véia faceira barbaridade

12.3.07


uma década depois, vejo que foi incrível eu ter sobrevivido ao ano da minha entrada na fabico. crianças, ainda vendia-se cerveja no bar da faculdade, já pensaram? como se manter dentro da sala de aula? e, uma vez lá dentro, como manter um mínimo de dignidade?

a mesa de sinuca, com as seis caçapas cheias de caídas, era o centro das atenções, não tinha truco, nem nada destas modernidades. no toca-disco (ok, já existia cd, mas na fabico não), algum elepê do pink floyd ou the doors. no pátio, gurias de saias indianas e faixas nos cabelos sentadas na grama queimando um. eram os anos 70 no final da década de 90, baby, e eu estava lá. aproveitei tudo o que pude.

quem reclama da fabico não sabe brincar.

mas os anos foram passando, a cerveja sumiu do bar (aliás, o BAR sumiu), as ripongas cresceram, a mesa de sinuca ficou obsoleta e quase foi rifada a um real dia desses. a gente começa a virar mocinha, namora, trabalha, se forma, mantém a mesma turma, hoje repleta de casais pacíficos.

só que houve as férias de janeiro. quando eu lembrei que ficar com a gurizada sem fazer nada, enchendo a cara, falando bobagem é muito afudê. mais do que férias, me senti voltando no tempo em que não dava nada fazer isso.

e o que aconteceu foi que, dez anos depois das locas noches del verano (e outono, inverno e primavera) de 1997, virei uma véia faceira. tanto que hoje é segunda-feira e to indo no opinião ver um show do tim maia racional cover. shame on me.

Update essa juventude não tem respeito pelos mais velhos? como é que me faz um show em plena segunda-feira depois da meia-noite? terça-feira é dia de trabalho, tra-ba-lho. tão pensando o quê? tive que sair antes, não vi nada. conto com o ricardo pra me contar tudo. shame on me.

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