coisas que só fui descobrir depois que todo mundo já sabia

31.3.06

1. o diogo vilela é gay
2. cachorros têm dedos separados e não uma pata inteiriça
3. moscada é o nome da noz e não um elogio a ela

do noticioso

estava louca para comentar algo sobre o astronauta brasileiro (aliás, esta expressão me faz lembrar o bento carneiro, o vampiro brasileiro, do chico anysio). não consigo entender como um cara que, em tese, teria de ser um gênio, pode soar tão mangolão.

conversando com um e outro, vi o óbvio: a culpa não é do cara, ele é só um nerd que virou celebridade instantânea e não sabe muito bem como lidar com isso. a culpa é dos repórteres (ou ainda, dos editores), que vão na escola em que ele estudou pra entrevistar a professora ("ele já desenhava naves espaciais") e mostrar a duvidosa homenagem dos pequenos alunos, que entoaram a música (?) astronauta de mármore.

agora, tem alguma necessidade de ter um brasileiro no espaço? aqui embaixo já tem diversão garantida. a deputada que deu uma sambadinha no estilo rubinho no plenário diz que está sendo punida porque é gorda, mulher, não pinta o cabelo e é petista. olha, amiga, tudo isso tem cura. o que não tem cura é burrice.

lição

24.3.06

o estado de quase indigência tem me ensinado muita coisa.

hoje, posso dizer que sou uma mulher que me fiz por mim mesma.

fiz depilação, unha e até aparei a franja no banheiro.

ora, ora, são 100 pilas nessa brincadeira. e eu tenho uma preta pra criar.

dois pontos sobre o nada

20.3.06

* os xampus são os únicos produtos que nos xingam e a gente compra assim mesmo. estava lavando o cabelo hoje e li no xampu "cabelos frágeis, secos e danificados". tem para oleosos, para quem tem caspa, para quebrados, para extremamente danificados. com os outros produtos é bem diferente. a meia-calça disfarça "a barriguinha", os cremes anti-rugas são anti-sinais para rejuvenescer a pele e não para peles encarquilhadas, destruídas pelo sol ou que precisam de um ferro de passar.

* dia desses, um dos caras que trabalham na gráfica do jornal assobiava pelo corredor. até aí, ok, eles estão sempre cantando ou assobiando pagodes, funks e roberto carlos. o curioso é que o tiozinho assobiava "rain drops keep falling on my head". achei surpreendente e a raça humana subiu alguns pontos no meu conceito.

Intimidade demais estraga?

11.3.06

o caderno donna deste domingo (sábado) deu uma matéria sobre troca de intimidades entre casais. fizeram uma pesquisa para verificar o que os pares mais detestam ver ou que o outro o veja fazendo. 32,59% acham o fim deixar a porta do banheiro aberta. ok, isso é um problema no caso de uso do vaso sanitário. mas escovar os dentes e tomar banho, putz, normal deixar a porta aberta. 1 x 0 pra minha falta de noção.

17,31% acham que estar sempre juntos é uma merda. concordo. 1 x 1.

17,17% abrir e-mails ou correspondência sem avisar. é de doer - e é crime, se não me engano. 1 x 2

14,72% foi um empate entre arrotar e bisbilhotar o celular alheio. confesso, já mexi em mensagens, agenda e em ligações recebidas. mas tão reclamando de quê? pior se eu desse um arrotão na cara do menino. 2 x 3

3,49% criticam quem compartilha momentos de higiene pessoal. deve ser ruim, mas eu recém estou percebendo como. um dia, saí de toalha na cabeça do banheiro da casa de praia de um ex-namorado, que me chamou de "empregada". tempos depois, em certa feita, cortava as unhas na cama do namorado - eu juro, não fazia idéia que isso era falta de educação, acho que fui criada por lobos - e ele reclamou. mas eu corto bem direitinho, fica inteirinho o pedaço de unha e eu recolho as dez e coloco no lixo. mesmo assim, senti como se tivesse colocado os cotovelos na mesa durante um banquete na casa branca. 3 x 3.

conforme a pesquisa, empatei entre invasão e respeito à privacidade. e ainda faço coisas horrorosas como espremer as espinhas do outro e comer coisas do prato dele, que sempre parece melhor que o meu. me admiro que ainda possa viver em sociedade.

mas essa pesquisa não tem outras coisas de pretensa intimidade que são insuportáveis. quando dois viram um, por exemplo: "nós não vemos tv à noite", "a gente ama massa à carbonara", "preferimos leite desnatado". isso não é bem mais chato? falar mal dos amigos do namorado, da sogra, reclamar de uma ida ao jogo do inter não são coisas bem piores?

mas com uma coisa, temos que concordar: cocô de porta aberta, nem sozinha em casa.

plantar árvore, ter um filho, etc.

9.3.06

tenho uma vontade incontrolável de escrever um livro. pronto, falei. só que eu não sei sobre o que. mas certamente não será sobre isso:

- Pão da Paz: 194 Receitas de Pão de Países Membros da ONU - R$ 135,00sinopse - São 191 países que integram a ONU aqui representados por suas receitas de pão. O leitor terá em mãos um livro fartamente ilustrado, com receitas de pão representativas de cada país, e, ainda, com mensagens de paz que acompanham essas receitas.

CENTO E TRINTA E CINCO REAIS por um livro com receitas de pão. será que vendeu algum? será que o cara que escreveu está rico? será que posso escrever um livro sobre como enganar trouxas?