melhor piada já feita

28.4.07

Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago. Seus discípulos se ajoelharam à sua volta, e disse Jesus:
- João, beija a minha mão!
João levantou-se, aproximou-se de Jesus e beijou-lhe a mão.
- Tomé, beija o meu pé!
Tomé levantou-se, aproximou-se de Jesus e beijou-lhe o pé.
- Nicolau, por que te afastas?


expressões clássicas da escatologia

por anos, nenhum sentido na expressão 'queimar a bota'. até o ano passado.

'o que eu vou fazer com esta bota vermelha?', pensei eu, no inverno dois mil e seis. essas idas a novo hamburgo para comprar sapatos de ponta de estoque tem destas coisas, um bico fino amarelo-gema ou um salto alto de bolinhas se tornam compras excelentes (comprei os dois, juro).

a bota vermelha foi assim, e ficou guardada por um ano. um dia, minha superfashion amiga pauletti usava uma botinha marrom manchada, coisa mais bacana. e era customizada. 'minha amiga me ensinou, a gente rega com azeite e coloca no forno, fica assim'.

pô, sensacional. tenho azeite, tenho forno, tenho uma bota inútil que poderia ficar bonita manchada. minha mãe, incrédula, 'tem certeza? no forno?' não dei ouvidos, reguei a bota que nem um bacalhau, acendi o forno - bem baixinho -, enfiei a bota numa fôrma.

acho que cabe registrar aqui que não sou uma exímia cozinheira, por impaciência. acabo comendo arroz meio cru, massa al dente demais, molho ralo. mas desta vez, não. desta vez, a bota ia ficar perfeita, vou deixá-la um bom tempo no forno. (não posso acreditar que pensei nisso realmente)

dez minutos depois, vi o verdadeiro significado da expressão queimando a bota. ela derreteu, couro, salto, tudo grudou na forma, uma beleza.

mas o pior foi o cheiro. e aí tudo passou a fazer sentido.

Vote no rei

25.4.07


Depois de todo mundo, vi A Rainha no cinema neste fim-de-semana (bacaninha, hein?). Coincidentemente, um post do Menezes em seu blog (tá ali do ladinho, to com preguiça de lincar) lista dez coisas que ele faria se fosse rei (ok, ele só colocou quatro, mas já dá pra ter uma idéia).

Admito: acho a monarquia bacana. Uma das minhas maiores frustrações é que o plebiscito pela forma de governo aconteceu quando era uma fedelha e não podia votar – assim como as eleições de 1989, mas isso é outra história. Não faço idéia dos jingles do presidencialismo e do parlamentarismo, mas o verso “justiça e paz dentro da lei, vote no reeeeeei” nunca mais saiu da minha cabeça. Aliás, “votar no rei” é um contra-senso dos mais bizarros, mas isso não tem nada a ver com a história.

Qual o problema de termos monarquia no Brasil, afinal? Ok, teríamos que sustentar sanguessugas que nada fariam a não ser nos representar pelo mundo; mas isso, vamos combinar, já fazemos, e os atuais têm muito menos classe. Afora estes detalhes, teríamos mais celebridades para idolatrar e, com sorte, os orleans e bragança seriam muito mais levados da breca que os windsor: finalmente teríamos tablóides!

Enfim, levada por um louco desejo de poder, fiquei com vontade de listar também o que eu faria se fosse rainha. Entupida de banalidades, é claro, pra isso que servem as rainhas. Invente a sua.

1. Capital - Em Barretos, é claro. Mas Barretos deixaria de ser no interior de São Paulo e passaria a ser no Rio de Janeiro.

2. Conselheiro – Teria um excelente conselheiro real, disposto a me ouvir dia e noite sobre assuntos de suma importância (“vou de preto ou marrom?”), mas ele teria de ser taxativo nas respostas (“preto, é claro”), numa clara alusão ao movimento pelo fim do conselho “tu quem sabe”, isso não serve de nada.

3. Cabeleireiro 24 horas – Alguém para escovar, lavar, secar, chapar e enrolar meu cabelo. E fazer tudo de novo. Pode incluir no séquito a manicure, a massagista e outros prestadores de serviço.

4. Segurador de guarda-chuva real - Dispensa explicações nesta chuva de hoje.

5. Noite - Baixaria um decreto forçando que as festas começassem às 21h e se estendessem até a hora que eu quisesse ir embora, para que eu não perdesse nada. Ah, quer ficar mais? Cortem a cabeça!

Acho que por hora estas medidas estão de bom tamanho. Dispensados.

outros

24.4.07

sabe quando as pessoas dizem que fulano tem outro por dentro, não no sentido sexual,é claro, mas sim “ei, que atitude inesperada vinda de fulano”?

pois é, meu caso é mais esquisito: eu tenho outra por fora.

tem uma clarissa, a de dentro, que acha razoável aprender a nadar aos 27 anos, que pode sim ter cabelos compridos até os 40 (ou até os 80, e daí?), que pirulito é um lanche como outro qualquer.

e tem a clarissa de fora, que fica me cuidando. vez por outra (juro), posso ouvi-la rindo da minha cara e das minhas atitudes.

mas eu pego essa cretina no contrapé. tudo bem, não aprendi ainda a nadar, depois dos 35 pretendo mesm0 manter os cabelos mais curtos, to deixando pra chupar pirulito em casa. mas hoje sacaneei: fui para o trabalho ouvindo hips don’t lie, da shakira. mas, pra ela não escutar, com os vidros do carro bem fechadinhos.

paixão

23.4.07

a verdade é que os sinais já estavam ali, eu que não tinha percebido. primeiro, era apenas um amigo, a quem eu podia recorrer quando tinha alguma dificuldade. sempre de braços abertos, ouvia pacientemente as minhas dúvidas e, milagrosamente, tinha resposta pra tudo. quando não tinha, me indicava algum caminho a seguir.

quando eu menos esperava, este sentimento foi crescendo, porque ele foi me oferecendo mais e mais de si. as conversas foram ficando mais freqüentes, por e-mail, no bate-papo instantâneo, em rodas de amigos. quando vi, até pelo celular mantínhamos contato, ele sempre disponível, maravilhoso.

é isso. me apaixonei, não sei mais viver sem ele. google, te amo.

Análise aprofundada do aquecimento global

20.4.07


minha filósofa preferida, wanessa camargo, autora da antológica frase “a fila anda”, nos brindou com mais uma pérola do saber. ela comentou com jornalistas que o aquecimento global a está preocupando: dia destes, ela usou uma minissaia em são paulo, ora, onde já se viu, uma terra costumeiramente fria para quem está acostumado ao rio. pobre wanessinha.

não há como negar, o aquecimento global é uma falta de respeito com as pessoas. em pleno meio de abril, um gaúcho, veja bem, não um qualquer, um cidadão de bem, que paga seus impostos e mantém a cidade limpa não pode usar uma calça jeans e mangas compridas sem derreter como uma calota polar. a saída é requentar as roupas de verão, saias, blusinhas, calças curtas.

só que a corzinha que foi adquirida nas areias de ibiraquera nas férias de janeiro já foi pro espaço. dá pra dividir o corpo em off-white (branco normal) e white (brancura padrão omo). quando a única saída parecia ser fritar em uma cama de bronzeamento artificial, eis que surge nas prateleiras da farmácia o melhor dois-em-um desde o rádio com toca-fita: dove summer tone, o hidratante que bronzeia. por apenas 15 reais, pele macia, cheirosa, levemente melequenta, mas bronzeada sutilmente.

a aplicação é um tédio. diferente do hidratante, não dá pra passar a bangu, correndo-se o risco de fazer o estilo zebra. demoooooora a secar. na embalagem, fala em alguns minutos. pra mim, alguns minutos sem fazer absolutamente nada, parada em pé na frente do ventilador, podem ser no máximo dois minutos. mas acho que não baixa de 20. usei só duas vezes até agora, eles prometem resultados em cinco dias ou seu dinheiro de volta (a propósito, alguém aí usou esse expediente com algum produto?). no entanto, já dá pra notar que o branco-posso-ver-minhas-veias diminuiu. por enquanto, to recomendando. mas, se ficar terracota, como é que eu tiro isso?

numa folha qualquer...

15.4.07


não é do meu feitio chorar em casamentos (uma exceção feita ao enlace da laura e do fabiano, mas aí os votos é que me nocautearam. sentimento, hein, gente). mas ontem, no casamento do rivo e da fabi, não deu pra segurar. tocar "aquarela" instrumental na igreja é pra pisotear a clarissa.

"aquarela" é a música que mais me faz chorar na vida. só de escrever, meus olhos se enchem de lágrimas. não faço a MENOR idéia da razão de isto acontecer. a música é fofinha, era para lembrar a faber-castell, os lápis de cor e fim de papo.

mas não. basta começar os primeiros acordes para a reação começar. o olho enche d'água, eu tento olhar pra cima pra ver se as lágrimas entram de volta e não me arruinem a maquiagem. não funciona. antes do "descolorirá", já estou em pranto solto. constrangedor.

Nada mais que um condomínio

4.4.07

Uma cidade nada mais é que um grande condomínio mesmo. E o prefeito, o síndico.

Vai dizer que não:

Bermudas e sandálias
O prefeito José Fogaça sanciona hoje a lei que permite a utilização de bermudas, até os joelhos, e sandálias fechadas, para os motoristas de táxi e lotação da Capital. Os condutores de ônibus já eram beneficiados com essa prerrogativa. A solenidade será às 14h45min, no Paço Municipal (Praça Montevidéu, 10). (ZH)

putz

3.4.07

o guns não vem mais.

devia ter ido no show do chico...