18.10.07
as demissões são sempre traumáticas, pelo menos pra mim. fui demitida uma vez (de O Sul, o que não é nenhuma vantagem - aconteceu com quase todo mundo); nas demais oportunidades que troquei de emprego, e não foram poucas, a demissionária fui eu. mesmo assim, choro que me lavo.
meus chefes sempre ficaram tristes - ou fingiram lindamente. não que eu seja a última bolachinha do pacote no que tange à competência, mas acho que sou querida, sei lá.
menos uma vez. essa demissão foi surreal. lembro até o diálogo.
Na sala do chefe:
Eu - Preciso falar contigo.
Chefe - Sim?
Eu - Recebi uma proposta de emprego.
Chefe - Se é melhor que aqui...
TRIMMMM
Chefe - Sim?
Silêncio
Chefe - Blábláblá
Eu - ...
Cinco minutos depois:
Eu - ...
Dez minutos depois:
Eu - ...
Eu - Quer saber? Depois falamos
Dez minutos depois, na minha sala:
Chefe - Tu viu uma fatura de pagamento?
Eu - Todas as faturas que recebo coloco na tua mesa.
Um minuto depois, na sala dele:
Eu - Escuta, tu não tem nem curiosidade de quando eu vou sair? Não que tu vá ficar com saudade, mas pelo menos para te organizar.
Chefe - ... e quando vai ser?
Eu - Dia 14 é meu último dia.
Chefe - Ok. Seria bom que outra pessoa já entrasse antes.
Eu - Pois é.
E assim deu-se a minha demissão. Tsc, tsc
2 comentários:
talvez este fosse o que mais te amava. tomado de despeito, como um homem tra�do, fingiu nem se importar.
quem é esta figura ímpar, Cla?
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