esses publicitários e suas agências maravilhosas

9.11.07


o tião fez no blogui dele uma descrição muito pertinente sobre o estereótipo do publicitário - com seus cabelos metodicamente bagunçados - e sobre a verdadeira guerra civil que se abateu entre os funcionários das concorrentes escala e dcs no salão da propaganda após a troca de agência da conta da colombo, que vale nada menos que 50 milhas anuais.

como o tião, também achei esquisito que os colegas - o baixo clero, como ele chamou - se digladie, vestindo a camiseta da agência. até porque publicitário troca muito mais de emprego que jornalista. mas só num primeiro momento. porque depois, pensando melhor, pra eles faz todo o sentido.

o jornalista, como eu e o tião, não estamos diretamente envolvidos no lado comercial da comunicação. exceto por uma ou outra pauta 500, estamos alheios ao dia-a-dia dos anunciantes.

se o zaffari parar de anunciar na zero hora, muito provavelmente não haverá uma reunião da direção com a redação, explicando que, a partir de agora, haverá cortes para se adequar ao novo momento financeiro.

os publicitários, diferentemente de nós, jornalistas, têm uma visão bem mais completa e pragmática do negócio com o qual trabalham. o compromisso deles é com a empresa e não com o leitor - e isso sem romantismo: o problema, a preocupação do jornalista é o leitor SEMPRE, é ele que compra jornal, abre site, folheia revista. e é ele que faz valer a pena anunciar em determinado veículo.
de qualquer forma, talvez ele tenha se chocado com o formato do salão da propaganda. amiga e irmã de publicitários, via a preparação, a empolgação que antecede os dias da "festa mais afudê do mundo" que é o tal de salão, que tem um ingresso caro afu - agora, não sei quanto tá, mas era uns 150 paus.

até que, um belo dia, fui pautada para cobrir o salão. acompanhei a premiação, passei a matéria por mail e, uma da manhã, pensei: agora vou curtir a tal de melhor festa do mundo. tolice a minha. o clímax já tinha passado, todo mundo já tinha enchido a cara e a festa terminou.
definitivamente, eu não sou o target. (mas ok, se todos eles tivessem aquela carinha ali em cima, repensaria...)

3 comentários:

sebastiao disse...

curtir a festa. não tinha pensado nisso. pensando bem, se eu pudesse ter tomado ums whisky a coisa poderia ter sido mais legal.

Anônimo disse...

tava R$ 250, neste ano

nuncamais disse...

"a preocupação do jornalista é o leitor SEMPRE"

Discordo bastante. Se a gente não pensa em matéria que traga anúncio, a revista fecha. Agora vou ler o post do Tião.