12.3.08
são figuras estranhas, os barreto. apesar de um sobrenome tão pêlo-duro, o alzheimer toma conta de nós desde a mais tenra idade. e é implacável.
pra disfarçar, viramos esotéricos. agora, a gente finge que tem um espírito aqui em casa que desaparece com as coisas que estamos procurando e os recoloca no lugar, pra nos enlouquecer.
neste fim-de-semana, fui em um chá-de-fralda com a larissa, que é uma magrisso, co-irmã em mosquice. entramos no condomínio cheias de razão, pois já havíamos estado lá, munidas de presentes, nos embarafustamos pelas vielas, chegamos ao salão de festas e não era lá coisa nenhuma. o condomínio, ao invés de casas, era de edifícios. as cores eram diferentes. era tudo diferente, pensando bem. só nos restou voltar e murmurar alguma desculpa pro porteiro.
hoje, mamãe barreto procurou um pano de prato por algum tempo, até encontrá-lo pendurado no ombro. mas antes disso, ela resolveu rasgar bem picadinho um boleto bancário de uma conta que eu tinha que pagar, porque pensou que não era nada.
a irmã barreto mais nova não ficou pra trás. falando no celular com o namorado, disse que precisava deligar pra procurar o celular, porque precisava sair.
complicado. deveras complicado.
2 comentários:
génia!!!
foi lindo: "ué, não lembrava dessa cachoeira na piscina..." e seguindo adiante.
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