the heat is on

18.2.06

o cinema dos anos 80 deixou uma geração inteira com ideais de felicidade muito idealizados. os happy ends de amor eterno, o príncipe encantado, a menina feiosa que tira o óculos e o macacão e se transforma na garota mais popular da escola, o pobretão que conquista a cheerleader... como diz a guru xuxa, com o auxílio de sullivan e massadas, "tudo pode ser, se quiser será".

nestes filmes, basta uma seqüência musical suuuper agitada e a garota de rosa shocking vira uma gatinha, o carro caindo aos pedaços do john travolta vira um carrão em grease, todo o trabalho braçal é feito em segundos e aos sorrisos.

o meu sonho dourado do cinema vem de lá. tudo o que eu mais queria na vida é que ao som de "footlose" ou "what a feeling", eu conseguisse lavar toda a louça, terminasse de arrumar o quarto, lavasse o carro ou, quem sabe, conseguisse terminar o freela que preciso entregar segunda...

ps: coisa palha do jornalismo 1: a repórter sandra moreira mostrando na reportagem em frente ao copacabana palace que, como o seu rolling stone não apareceu, ela mesma foi solicitada para dar autógrafos e tirar fotos com os fãs.

coisa palha do jornalismo 2: entrevistar qualquer pessoa com mais de 60 anos e chamá-la de "seu joão" ou "dona tereza". quero ver um dia entrevistarem o seu jorge, do grupo Gerdau, ou o seu fernando, ex-presidente.

ensinamentos úteis

10.2.06



sempre achei que aprender era bom. mas ensinar é uma coisa muito mais gratificante. dá a sensação de ter uma missão na terra, sabe? de não estar no mundo por acaso.

agora, quando digo "preta, fofoca!" ela se apóia neste pilarzinho e fica observando os vizinhos lá embaixo. e só custou dois biscrocks.

não é à toa que se diz que educar é um sacerdócio.

é jornalismo de novo, mas que culpa eu tenho?

7.2.06

coisa mais feia do mundo é quando um jornalista – seja repórter, seja assessor de imprensa – escreve uma matéria inteira sem entender do que ela se trata. há um montão de exemplos de textos redigidos que levam a crer que o cara pode ser substituído por um gravador, com vantagens.


no colégio, sem internet ainda, eu e meus coleguinhas passávamos as tardes copiando livros da biblioteca para folhas de papel almaço a título de trabalho valendo nota. a cópia era tão boa que vinha com detalhes como "conforme a tabela abaixo", "na figura à direita", mesmo sem ter figura nem tabela. mas se o cara fez jornalismo, isso precisava ter ficado para trás.

recebo um relise sobre ativos intangíveis (poético, não?). o lide diz que alguém fará uma palestra sobre isso em são paulo. o segundo parágrafo informa (?): “A possibilidade de obter, transmitir e processar informações teve um forte crescimento em função da velocidade das comunicações, e, sobretudo, pelo desenvolvimento da internet. O enorme desenvolvimento das tecnologias de informação e telecomunicações criou uma série de relações complexas entre empresas e suas cadeias de suprimento. Estas inter-relações têm modificado radicalmente o modo de atuar das organizações. Diante deste cenário a gestão dos ativos intangíveis tem papel fundamental para o sucesso das organizações. “ finaliza contando quem é o palestrante, etc.


alguém me diz aí o que são ativos intangíveis? grata.



às vezes, porto alegre me irrita

2.2.06

por que será que o ricardo sempre sai com cara de pirata malvado nas fotos?
botando a brancura pra fritar

dia de folga

1.2.06

- era só o que faltava. inventaram agora que obesidade é causada por vírus. como se não bastasse TUDO no mundo conspirando contra as pessoas em forma (de azeitona, huahuahua), precisava aparecer cientistas que aconselham os gordos a LAVAREM AS MÃOS antes de cumprimentar os magros para não infectá-los.
como vingança, bolei um plano. decidi que não mais lavarei as mãos. nem depois de fazer xixi. e cumprimentarei efusivamente todos que cruzarem meu caminho. se o vírus for verdadeiro, vou ser como o maníaco da seringa com aids que espeta o povo no largo glênio peres.


- prefiro surdos como a minha avó, que quando não ouvem algo te olham com cara de paisagem e sorriso no rosto, aos como meu avô que perguntam "hain? hain? hain?" insistentemente. tendo em vista que meu avô já morreu há nove anos, o que me aborrece mesmo é que meu pai galopa na direção da surdez participativa. e faz o mesmo "hain?"


- receita de pão com alho
2 dentes de alho esmagados com carinho
2 colheres de margarina
salsa a gosto
sal a gosto
azeite a gosto
misture, misture, misture e besunte quatro cacetinhos com a papinha. elogios garantidos, para desespero do assador do churrasco.

a rede mundial de computadores

20.1.06

a internet é uma infinidade para vocês? pois pra mim não é. tem uns quinze sites - incluindo aí blogs - nos quais dou uma passadinha freqüente, dois deles de compras ainda por cima. o resto da internet resume-se ao google - existe o Troféu Roda de melhor invenção? -, aos e-mails e certamente a alguma outra coisa que no momento não me ocorre.

eis que um dos meus sites preferidos cometeu a indelicadeza de fechar as portas. toda quinta, sentava na frente do computador com um toddy light para saborear as fofocas exclusivíssimas da semana, ria sozinha, comentava com quem estivesse por perto, encaminhava o link para outras pessoas...

só falta agora terminarem com este, este e este aqui. aí, volto a fazer palavra cruzada e jogar free cell quando a pauta estiver flôxa.

ps: meu namorado passou no vestibular para filosofia. algo me diz que terei de sustentá-lo na velhice...

cenas

18.1.06

já fez calorão de 40 graus, já deu vontade de pôr moleton e já rolou até edredon nestes primeiros 19 dias de 2006 e eu nem tinha escrito nada aqui ainda. deve ser porque não tinha realmente nada para dizer.
dois amigos queridos casaram lindamente e a noiva me fez ter uma crise de choro por causa da alegria transbordante que ela demonstrava; outros dois fizeram um ano de casados (bodas de margarina?); outros dois terão uma bebê gordinha nos próximos dias. francamente, não me resta muito a escrever, tá muito mais divertido acompanhar ao vivo os acontecimentos emocionantes.
o seriado já vai fazer nove anos, entraram um monte de personagens, saíram outros de cena, participações especiais sempre acontecem. mas ainda estamos longe de procurar novos desafios ou analisar propostas.
a seguir, cenas do próximo capítulo.

do clube do ódio

28.12.05

detesto, odeio, quero matar quem diz que é eclético e gosta de tudo em música. é gente que se cadastra no almas gêmeas e diz que quer encontrar uma pessoa legal para curtir bons momentos; que tem carro tunado – aliás, é gente que usa esse termo a sério; gente que vai no rodízio de pizza pra comemorar aniversário de namoro e usa gravata de desenho animado. gente que diz que é eclética e gosta de tudo um pouco em música adora axé, pagode, sertanejo. haja.

ouvindo hoje um cd gravado no carro, percebi que o mp3 tem esse defeito, transforma pessoas normais em ecléticos em potencial. cabe muita música no cd, muito mais que a decência permitiria. começou com zé ramalho, passou por engenheiros do hawaii acústico, culminou com alceu valença, brilhando em ‘morena tropicana’.

alguém aí quer jantar na don vitto? quem comer mais não paga.

presente de natal

25.12.05

aqui vai um presentinho de natal às amigas que ficaram quebradas neste fim-de-ano, mas gostam de reveillon com roupa e sapato novo.

pontas-de-estoque em porto alegre e novo hamburgo, compiladas pela revista uma.

ATELIER Rua Dr. Pereira Neto, 479, Tristeza, tel. (51) 3268-5296. Multimarcas especializada em confecção feminina, vende grifes como Camerata e Rubicon com 40% a 60% de desconto.

EX OUTLET R. Mariland, 100, Higienópolis, tel. (51) 3342-2111. A loja é um grande depósito, onde cada arara vende uma das 35 marcas de confecção feminina, entre elas Carlota Joaquina, Glória Coelho, Index e Ginga do Corpo. Trabalha também com sapatos, roupas masculinas e infanto-juvenil. Os descontos ficam em torno de 60%.

GAMINE Av. Cristóvão Colombo, 2175, sobreloja, Floresta, tel. (51) 3028-1303. Peças de coleções de duas temporadas atrás têm descontos de até 80%. Vende marcas de confecção feminina como Maria Bonita, Chocolate, Patachou, Iódice e Lenny, além de sapatos, bolsas e bijouterias.

GANG R. Almirante Barroso, 355, Navegantes, tel. (51) 3346-6633. Uma vez por mês, a grife de moda jovem oferece itens das confecção feminina e masculina com pequenos defeitos e peças das amostras com até 60% de desconto. Também vende bijouterias, bolsas e cintos. A data do saldo só é divulgado cinco dias antes.

LENART’S R. Anita Garibaldi, 726, Bela Vista, tel. (51) 3321-1181. Vende de street wear a roupas de festa femininas. Além de marca própria, oferece peças de marcas como Moça Bonita, Nutrisport, Cheroy e Hit, com descontos a partir de 50%.

LU BY LOLITA Av. Azenha, 941, Azenha, tel. (51) 3219-4209. Nos meses de março e setembro, as coleções passadas passam das filias para a loja da Azenha, que vende as peças com 60% de desconto. Entre as marcas oferecidas, o destaque é a uruguaia By Lolita.

OFF PRICE R. Padre Chagas, 327, lj. 3, Moinhos de Vento, tel. (51) 3395-1935. Roupas masculinas e femininas, além de bolsas, cintos, tênis e mochilas, com descontos acima de 70%. Tem peças de grifes como Vide Bula, Carmin, Doc Dog e Disritmia. Os tênis e camisetas da Puma são destaque. Funciona apenas às quartas, sábados e domingos.

VANDASCH Shopping Total, Av. Cristóvão Colombo, 545, loja 1061, Floresta, tel. (51) 3314-7061. Fabricação própria e revenda de malharias e confecções femininas. As roupas e biquínis têm desconto de cerca de 60%.

AREZZO OUTLET R. 5 de Abril, 445, Rio Branco, Novo Hamburgo, tel. (51) 593-5454. Única outlet da Arezzo no Brasil. Tem botas, tênis e todas as linhas de sapatos das coleções passadas com desconto de 20% a 70%.

ARMAZÉM DAS FÁBRICAS Av. Cel. Travassos, 719, Rondônia, Novo Hamburgo, tel. (51) 595.2606; Av. Paraguassú, 2255, Xangri-lá (de dezembro a março), tel.(51) 689-4950. 12 mil pares de calçados tipo exportação com descontos de 50% a 70%. Entre as grifes vendidas, estão as peças do estilista Mauricio Medeiros. Vende também pela Internet (www.armazemdasfabricas.com.br).

CASA DO SAPATO R. 1º de Março, 17, Centro, Novo Hamburgo, tel. (51) 593-3863. Peças de coleções antigas com 50% de desconto. Tem calçados masculinos, femininos e infantis de marcas como Luz da Luz, Via Marte, Azaléia e Ramarim.

CRISTÓFOLI R. Magalhães Calvet, 50, Centro, Novo Hamburgo, tel. (51) 595-2460. Calçados femininos e masculinos, cintos, carteiras e bolsas de coleções antigas e algumas peças da coleção atual da grife com descontos entre 50% a 70%.

EMPÓRIO K Av Plinio Brasil Milano, 1479, Higienópolis, tel. (51) 3328-1301; Av. das Hortências, 3955, Gramado, tel. (54) 295-1451 e mais três endereços. Estoque de 15 mil pares de sapatos distribuídos em quatro lojas. Vende bolsas e calçados femininos e masculinos, nas linhas alto esporte, social e festas por preços com 30% a 50% de desconto.

MERCADO DO SAPATO R. 24 de maio, 242, Vila Rosa, Novo Hamburgo, tel. (51) 527-0232. Sapatos masculinos e femininos tipo exportação com valor 50% mais baixo.

OUTLET SHOES BY MARTREA POLTRONIERE Frederico Linck, 883, Centro, Novo Hamburgo, tel. (51) 3035-5611; Borges de Medeiros, 1686, loja 3, Centro, Gramado, tel. (54) 286-0839; Borges de Medeiros, 2861, loja , Centro, Gramado, tel. (54) 286-5315. Sapatos tipo exportação de marca própria e de grifes nacionais femininos e infantis com descontos de 30% a 70%.

PONTA DO PÉ R. Felipe Camarão, 746, Bom Fim, tel. (51) 3022-8882. Marcas, como Arezzo, Cristófoli, Flor de Mel e Schutz, incluindo lançamentos, com cerca de 60% de desconto.

PUNTO DI MARCA R. Carlos Trein Filho, 1105, Bela Vista, tel. (51) 3028-8381. Sapatos tipo exportação fabricados no Vale dos Sinos e que não têm circulação nacional são vendidos a preços 30% mais baratos do as peças similares em lojas comuns.

REEBOK OUTLET R. Vilela Tavares, 30, São João, tel. (51) 3024-7675; Rua Dr. Flores, 188, Centro, Fone (51) 3018-1525 e mais dois endereços. Artigos esportivos, tênis e confecção masculina e feminina de coleções passadas a preços mais atrativos do que os praticados nas revendas Reeebok.

mais idéias para ficar rica brincando

20.12.05

meu projeto de ficar rica a partir de idéias esdrúxulas vai de vento em popa. pelo menos na parte das idéias esdrúxulas.

depois de ouvir pela milionésima vez que preciso fazer algum exercício físico, pensei que falta algum estímulo para quem detesta ginástica freqüentar a academia. saúde, bem-estar, fôlego não são palpáveis, para mim não funciona. preciso é de um brinde.

primeiro, pensei em chocolate. cada vez que o freqüentador fosse à academia, ganharia uma barrinha de shot ou crunch ou galak. mas a verdade é que chocolate não é uma boa idéia, ia colocar por terra todo o esforço.

qual a segunda melhor coisa do mundo, então? dinheiro. pois vem daí a minha idéia genial. a mensalidade da academia custará R$ 500,00. porém, a cada dia que o sócio comparecer, ele ganha R$ 10,00 em dinheiro. se ele for o mês todo, sem falhar um só dia, ganha R$ 300,00 e terá pago pela academia R$ 200,00. vai achar a academia super eficiente e sairá com dez pilas todo dia pra comer um açaí na saída.
vou ou não enriquecer?

da tevê

14.12.05

tu tens um programa às 23h44 na guaíba. como torná-lo atrativo? falando de opacímetros*, é evidente.

"nós temos um problema muito sério de poluição atmosférica. nós, que eu digo, é o mundo como um todo."

"70% da poluição em londres vem da calefação. 70% também vem dos automóveis."

*aparelho capaz de medir os níveis de fumaça expelidas pelos veículos.

gorda sem-vergonha

todo santo dia, como a mesma coisa: toddy light e pão com manteiga de manhã, uma colher de algo no almoço (massa, arroz, carreteiro, salada, carne), um shot (finado krot) de tarde, toddy light e pão com manteiga de noite. as variações ocorrem aos fins-de-semana ou durante a tarde, em um aniversário (real ou imaginário) quando a horda de gurias da economia encomenda um cento de negrinhos e branquinhos.

pois bem. como pão é uma parte indispensável da ração diária e algo que nunca me enjoa, em tempo algum, dei de gorda sem-vergonha no sábado. adquiri uma prática e fácil máquina de fazer pão, em dez vezes sem juros. é uma barbada de fazer, os pães são ótimos e não suja nada. bom, eu mesma ainda não fiz nenhum, mas como expert no tema, recomendo. se tudo der errado, pode ser meu ganha-pão. hein, hein? tá bom, tá bom, não pude resistir.

brasileiro adora futebol

São Paulo 2 x 1 Al-Ittihad, pelo Mundial de Clubes, no Japão. Rogério Ceni vai bater uma falta.

camila - paiêeeee, me traz papel higiênico que terminou aqui no banheeeeeiro!

pai - ah, não. deixa ele bater esta falta primeiro.

*****

galvão bueno - mas você acha que foi falta, arnaldo?

arnaldo cezar coelho - não, ele tentou cavar. isso é muito comum na américa latina, mas aqui na Eruopa*, isso não acontece.

*jogo no Japão.

*****

camila - pai. ô, pai. paiêee!
clarissa - pai, a camila te chamou
pai - que tu disse?
clarissa - a camila te chamou.
pai - nah.
camila - pai, por favor, só vem aqui na porta da cozinha.
pai - ...
camila - por favor, pai.
pai - ...
clarissa - pai, tu não tá ouvindo?
pai - ah, mas que merda... na hora da novela, vocês vão ver.

*****

profissão do lar

13.12.05

lembro da primeira vez que fui ao cinema com meu primeiro namorado e pedi dinheiro pro meu pai para pagar a entrada. “mas dinheiro? nasci na época errada mesmo. quando eu era guri, tinha que bancar o meu ingresso e o da namorada. agora, com três filhas, tenho que pagar de novo...” pobre pai. ele tem razão. a emancipação feminina não trouxe grandes benefícios.

tentei angariar seguidoras para minha tese no fim-de-semana, sem sucesso. mas raciocinem comigo. quando a mulher não trabalhava, não havia desemprego deste tamanho e os índices de violência eram menores, porque os filhos eram acompanhados de perto pelo chinelo da mãe. votamos, mas, aparentemente, isso não fez com que escolhêssemos melhor os governantes.

se parássemos de trabalhar, iam sobrar empregos para os nossos homens. os salários aumentariam, com a súbita escassez de mão-de-obra. poderíamos ficar em casa, fazendo cursos de cerâmica e história da arte. poderíamos ler mais, fazer academia, bater pernas no shopping center e planejar as férias da família. poderíamos cozinhar até.

pensem nisso, mulheres. nosso estresse, tendinite, cabelo maltratado, barriga, tudo culpa das nossas mães e das mães delas, que quiseram deixar uma vida segura, honesta, ao lado do marido, pra bater perna pela rua. boa coisa não ia dar.

clarissas

9.12.05


em não sendo um nome muito popular, acabo sendo chamada de clarice, larissa, marisa e até dóris (isso foi numa comanda). um tédio. mas pelo menos não tinha que ser a barreto no colégio, como a minha irmã camila, que só na sala dela tem quatro homônimas.

eis que entrou uma outra clarissa no jornal e os enganos se sucedem:

- oi clarissa, é a antonia de novo. recebeu o mail?
- ahn, oi... mail? antonia de onde? ah, acho que é com outra clarissa...
- clarissaaaaaa, telefone!
- passa pra mim!
- esse telefone não passa. atende aqui.
toc, toc, toc, toc, toc, toc, toc
- alô.
- oi, clarissa, é a antonia de novo. recebeu o mail?



minha certeza de ter um nome não tão comum caiu por terra. conforme este sítio (surrupiado do blog da rosele), clarissa é o 366º nome feminino mais popular nos estados unidos em 2004. após o boom de popularidade que experimentamos em 1996, com a 243ª colocação, nós clarissas perdemos espaço ano após ano para as ashleys (8º lugar), samanthas (9º) e as emilys e emmas (1º e 2º lugares respectivamente). até mesmo perla, sage e itzel (!) estão na dianteira e kaydence e sasha se aproximam perigosamente. cadê as autoridades que não tomam uma providência? por aí, fazendo guerra no iraque e batizando as filhas de emma.

homem no súper

8.12.05

nunca, nunca, nunca manda um homem no súper – nem no mercadinho, exceção pode ser dada à padaria, até um macaco bem treinado pode pedir cinco cacetinhos. eles SEMPRE voltarão com coisas a mais, caras e/ou inúteis, como leite de soja, quilos de frios, um suco novo com a inverossímil mistura de acerola+abacaxi+pepino em conserva.


mesmo meu pai, um homem vivido, com mulher e três filhas, que sabe perfeitamente que dentro de nossas intransigências uma prefere o.b., a outra tampax, a terceira sempre livre com abas e a quarta, sempre livre sem abas, faz das suas.

solicitado a comprar emergencialmente um pacote de sabão em pó numa venda (cruzes) perto de casa, decidiu fazer um excelente negócio: comprou uma marca nova, fabricada por gente nossa. preço baixo e ainda dar uma força para a combalida indústria gaúcha foram apelos irresistíveis.

resultado desastroso: alergia infinita nos membros da família, dodóis que parecem mordidas de mosquito pelo corpo. e omo entrou para sempre na listinha das intransigências, de onde nunca deveria ter saído.

ah, os hábitos

2.12.05

minha irmã de 16 anos não poderia entrar no banco porque ia ficar presa no detector de metais. não são brincos grandes ou piercings que esta juventude levada anda usando, não - e muito menos uma escopeta. são clipes. clipes de papel, que ela usa para prender a barra da calça de cotton (ainda se diz "cotton"?) que fica comprida. espero que isso seja alguma moda e não um sintoma de loucura.

contei isso pra lari ontem, por causa de um post do blog dela falando em fita adesiva para fazer a barra da calça (aliás, ainda se diz "barra"?)

o bagaceirismo é algo que se adere ao adolescente de uma forma incrível. quando saíamos de noite no ragga store, era saia, blusa, meia de ginástica e TÊNIS. tênis reebok, de botinha, que rasgou-se e foi colado com fita tape. creia, jovem que completou 18 anos e precisa se alistar no exército brasileiro, ninguém usava sandália, bota ou sapato, salvo em festas de 15 anos, quando se fazia necessária alguma pompa para comer estrogonofe com batata palha. e isso nem faz séculos, são só 10 anos.

como namorei durante o período de transição do tênis (1995) para a sandália (1997), quase não saía à noite, porque estávamos muito ocupados tendo brigas homéricas por causa de alguma assinatura maliciosa na camiseta do uniforme do terceiro ano ou "se tu não me deixa ler a tua agenda, é porque tu tem algum segredo para mim". aí, seguia-se a discussão, o choro, a conversa, o entendimento e as pazes. tudo isso no telefone, por duas horas, para desespero do meu pai.

quando terminamos, a moda tinha migrado para inacreditáveis botas e saias de couro, num momento fashion farrapos em pleno dado bier. só acredito nisso porque tenho fotos.

por sorte, nestes anos 2000, a moda virou algo vista-o-que-quiser. o que me permitiu, em um arroubo de saudosismo, ser pioneira no revival dos anos 90. é ou não dos déiz mais tri?

o sexo, a cidade, a insônia

30.11.05

não adianta. meu negócio é friends. a única maneira de levar um seriado americano a sério é que ele ria de si mesmo.

to assistindo a sex and the city, a quarta temporada mui gentilmente emprestada pela lari.

é um seriado, dura meia hora cada episódio, tem encontros e desencontros de um grupo de amigos, fez um sucesso danado, se passa em nova iorque, justo que nem friends.

mas, meu deus, como aquela gente carece de humor. joey transou com todas as mulheres com quem cruzou em friends, mas nunca seria tão inverossímil quanto samantha. miranda - provavelmente a personagem mais CHATA já interpretada por um ser vivo - torna ross o cara mais engraçado do mundo. monica era a fim de casar e ter filhos, mas nunca virou uma charlotte, dona-de-casa e aborrecida.

rachel, a fútil-maníaca-por-sapatos-e-(ex) nariguda, não se leva tão a sério quanto carrie, mais do que nunca a estranha. no episódio que acabo de ver, ela ganha um ibook do namorado e a reação dela só foi pior do que o que eu esperaria do solon ganhando um produto apple. "oh, ele quer resolver todos meus problemas, não respeita minha individualidade enquanto pessoa". chata, chata, chata. isso não é problema de verdade. falta uma louça pra lavar, um tanque de roupa pra esfregar, uma conta bancária no vermelho.

ou pode ser que realmente não haja a menor chance de um seriado sem chandler bing ser bom.



em tempomeu namorado resolveu me contar que tem um blog misterioso. espero que no rastro desta revelação, não surjam mulher e filhos em cachoeirinha ou taras com animais.

agora, vamos combinar

27.11.05

comemorar título maloqueiro de segundona é que nem colocar faixa na frente da casa de praia em quintão

"parabéns, grêmio. bixo terapia ocupacional fapa"

frustração

23.11.05

já quis ser advogada, porque achava simplesmente sensacional o clima de tribunal, aquela solenidade toda, o réu de olhos baixos, o júri, a peruca do juiz, os móveis de mogno. adoro filme de julgamento.
me frustrei horrores quando, em uma ação na justiça, descobri que as varas são mesmo uma porcaria (e soa o alerta de trocadilho ruim). uma saleta sem glamour, juízes sem toga e o que é pior, móveis de compensado.
mas na semana passada foi pior. convocada para ser testemunha em um caso na justiça do trabalho, mal podia esperar para dizer tudo o que eu sabia sobre o caso.
- o que você estava fazendo no dia 30 de abril de 1999?- hum, hum, eu... ãhn- meritíssimo, ela não sabe! - culpada!
e lá iria eu para a cadeia. adoro filme de cadeia.
eis que fiquei das 9h ao meio-dia no 3º andar do tribunal regional do trabalho, em frente à 9ª vara (uia). e eu nem fui chamada para testemunhar. e o caso já terminou. que fracassada.