profissão do lar

13.12.05

lembro da primeira vez que fui ao cinema com meu primeiro namorado e pedi dinheiro pro meu pai para pagar a entrada. “mas dinheiro? nasci na época errada mesmo. quando eu era guri, tinha que bancar o meu ingresso e o da namorada. agora, com três filhas, tenho que pagar de novo...” pobre pai. ele tem razão. a emancipação feminina não trouxe grandes benefícios.

tentei angariar seguidoras para minha tese no fim-de-semana, sem sucesso. mas raciocinem comigo. quando a mulher não trabalhava, não havia desemprego deste tamanho e os índices de violência eram menores, porque os filhos eram acompanhados de perto pelo chinelo da mãe. votamos, mas, aparentemente, isso não fez com que escolhêssemos melhor os governantes.

se parássemos de trabalhar, iam sobrar empregos para os nossos homens. os salários aumentariam, com a súbita escassez de mão-de-obra. poderíamos ficar em casa, fazendo cursos de cerâmica e história da arte. poderíamos ler mais, fazer academia, bater pernas no shopping center e planejar as férias da família. poderíamos cozinhar até.

pensem nisso, mulheres. nosso estresse, tendinite, cabelo maltratado, barriga, tudo culpa das nossas mães e das mães delas, que quiseram deixar uma vida segura, honesta, ao lado do marido, pra bater perna pela rua. boa coisa não ia dar.

5 comentários:

Anônimo disse...

boa, boa.

Rodrigo Muzell disse...

eu não me importaria de ser dono de casa.

clarissa disse...

isso não é uma opção, bigode.

Anônimo disse...

concordo... mto boa! difícil pensar nisso qndo tudo o q se quer é ir para o escritório ganhar dinheiro para não precisar passar pela situação de pedir dinheiro ao marido para comprar o 23°sapato preto ou a sessão de massagem ou ainda a pílula!

Anônimo disse...

E uma vez grávidas, poderíamos dormir o quanto "desse na telha".