the heat is on

18.2.06

o cinema dos anos 80 deixou uma geração inteira com ideais de felicidade muito idealizados. os happy ends de amor eterno, o príncipe encantado, a menina feiosa que tira o óculos e o macacão e se transforma na garota mais popular da escola, o pobretão que conquista a cheerleader... como diz a guru xuxa, com o auxílio de sullivan e massadas, "tudo pode ser, se quiser será".

nestes filmes, basta uma seqüência musical suuuper agitada e a garota de rosa shocking vira uma gatinha, o carro caindo aos pedaços do john travolta vira um carrão em grease, todo o trabalho braçal é feito em segundos e aos sorrisos.

o meu sonho dourado do cinema vem de lá. tudo o que eu mais queria na vida é que ao som de "footlose" ou "what a feeling", eu conseguisse lavar toda a louça, terminasse de arrumar o quarto, lavasse o carro ou, quem sabe, conseguisse terminar o freela que preciso entregar segunda...

ps: coisa palha do jornalismo 1: a repórter sandra moreira mostrando na reportagem em frente ao copacabana palace que, como o seu rolling stone não apareceu, ela mesma foi solicitada para dar autógrafos e tirar fotos com os fãs.

coisa palha do jornalismo 2: entrevistar qualquer pessoa com mais de 60 anos e chamá-la de "seu joão" ou "dona tereza". quero ver um dia entrevistarem o seu jorge, do grupo Gerdau, ou o seu fernando, ex-presidente.

ensinamentos úteis

10.2.06



sempre achei que aprender era bom. mas ensinar é uma coisa muito mais gratificante. dá a sensação de ter uma missão na terra, sabe? de não estar no mundo por acaso.

agora, quando digo "preta, fofoca!" ela se apóia neste pilarzinho e fica observando os vizinhos lá embaixo. e só custou dois biscrocks.

não é à toa que se diz que educar é um sacerdócio.

é jornalismo de novo, mas que culpa eu tenho?

7.2.06

coisa mais feia do mundo é quando um jornalista – seja repórter, seja assessor de imprensa – escreve uma matéria inteira sem entender do que ela se trata. há um montão de exemplos de textos redigidos que levam a crer que o cara pode ser substituído por um gravador, com vantagens.


no colégio, sem internet ainda, eu e meus coleguinhas passávamos as tardes copiando livros da biblioteca para folhas de papel almaço a título de trabalho valendo nota. a cópia era tão boa que vinha com detalhes como "conforme a tabela abaixo", "na figura à direita", mesmo sem ter figura nem tabela. mas se o cara fez jornalismo, isso precisava ter ficado para trás.

recebo um relise sobre ativos intangíveis (poético, não?). o lide diz que alguém fará uma palestra sobre isso em são paulo. o segundo parágrafo informa (?): “A possibilidade de obter, transmitir e processar informações teve um forte crescimento em função da velocidade das comunicações, e, sobretudo, pelo desenvolvimento da internet. O enorme desenvolvimento das tecnologias de informação e telecomunicações criou uma série de relações complexas entre empresas e suas cadeias de suprimento. Estas inter-relações têm modificado radicalmente o modo de atuar das organizações. Diante deste cenário a gestão dos ativos intangíveis tem papel fundamental para o sucesso das organizações. “ finaliza contando quem é o palestrante, etc.


alguém me diz aí o que são ativos intangíveis? grata.



às vezes, porto alegre me irrita

2.2.06

por que será que o ricardo sempre sai com cara de pirata malvado nas fotos?
botando a brancura pra fritar

dia de folga

1.2.06

- era só o que faltava. inventaram agora que obesidade é causada por vírus. como se não bastasse TUDO no mundo conspirando contra as pessoas em forma (de azeitona, huahuahua), precisava aparecer cientistas que aconselham os gordos a LAVAREM AS MÃOS antes de cumprimentar os magros para não infectá-los.
como vingança, bolei um plano. decidi que não mais lavarei as mãos. nem depois de fazer xixi. e cumprimentarei efusivamente todos que cruzarem meu caminho. se o vírus for verdadeiro, vou ser como o maníaco da seringa com aids que espeta o povo no largo glênio peres.


- prefiro surdos como a minha avó, que quando não ouvem algo te olham com cara de paisagem e sorriso no rosto, aos como meu avô que perguntam "hain? hain? hain?" insistentemente. tendo em vista que meu avô já morreu há nove anos, o que me aborrece mesmo é que meu pai galopa na direção da surdez participativa. e faz o mesmo "hain?"


- receita de pão com alho
2 dentes de alho esmagados com carinho
2 colheres de margarina
salsa a gosto
sal a gosto
azeite a gosto
misture, misture, misture e besunte quatro cacetinhos com a papinha. elogios garantidos, para desespero do assador do churrasco.