do clube do ódio

28.12.05

detesto, odeio, quero matar quem diz que é eclético e gosta de tudo em música. é gente que se cadastra no almas gêmeas e diz que quer encontrar uma pessoa legal para curtir bons momentos; que tem carro tunado – aliás, é gente que usa esse termo a sério; gente que vai no rodízio de pizza pra comemorar aniversário de namoro e usa gravata de desenho animado. gente que diz que é eclética e gosta de tudo um pouco em música adora axé, pagode, sertanejo. haja.

ouvindo hoje um cd gravado no carro, percebi que o mp3 tem esse defeito, transforma pessoas normais em ecléticos em potencial. cabe muita música no cd, muito mais que a decência permitiria. começou com zé ramalho, passou por engenheiros do hawaii acústico, culminou com alceu valença, brilhando em ‘morena tropicana’.

alguém aí quer jantar na don vitto? quem comer mais não paga.

presente de natal

25.12.05

aqui vai um presentinho de natal às amigas que ficaram quebradas neste fim-de-ano, mas gostam de reveillon com roupa e sapato novo.

pontas-de-estoque em porto alegre e novo hamburgo, compiladas pela revista uma.

ATELIER Rua Dr. Pereira Neto, 479, Tristeza, tel. (51) 3268-5296. Multimarcas especializada em confecção feminina, vende grifes como Camerata e Rubicon com 40% a 60% de desconto.

EX OUTLET R. Mariland, 100, Higienópolis, tel. (51) 3342-2111. A loja é um grande depósito, onde cada arara vende uma das 35 marcas de confecção feminina, entre elas Carlota Joaquina, Glória Coelho, Index e Ginga do Corpo. Trabalha também com sapatos, roupas masculinas e infanto-juvenil. Os descontos ficam em torno de 60%.

GAMINE Av. Cristóvão Colombo, 2175, sobreloja, Floresta, tel. (51) 3028-1303. Peças de coleções de duas temporadas atrás têm descontos de até 80%. Vende marcas de confecção feminina como Maria Bonita, Chocolate, Patachou, Iódice e Lenny, além de sapatos, bolsas e bijouterias.

GANG R. Almirante Barroso, 355, Navegantes, tel. (51) 3346-6633. Uma vez por mês, a grife de moda jovem oferece itens das confecção feminina e masculina com pequenos defeitos e peças das amostras com até 60% de desconto. Também vende bijouterias, bolsas e cintos. A data do saldo só é divulgado cinco dias antes.

LENART’S R. Anita Garibaldi, 726, Bela Vista, tel. (51) 3321-1181. Vende de street wear a roupas de festa femininas. Além de marca própria, oferece peças de marcas como Moça Bonita, Nutrisport, Cheroy e Hit, com descontos a partir de 50%.

LU BY LOLITA Av. Azenha, 941, Azenha, tel. (51) 3219-4209. Nos meses de março e setembro, as coleções passadas passam das filias para a loja da Azenha, que vende as peças com 60% de desconto. Entre as marcas oferecidas, o destaque é a uruguaia By Lolita.

OFF PRICE R. Padre Chagas, 327, lj. 3, Moinhos de Vento, tel. (51) 3395-1935. Roupas masculinas e femininas, além de bolsas, cintos, tênis e mochilas, com descontos acima de 70%. Tem peças de grifes como Vide Bula, Carmin, Doc Dog e Disritmia. Os tênis e camisetas da Puma são destaque. Funciona apenas às quartas, sábados e domingos.

VANDASCH Shopping Total, Av. Cristóvão Colombo, 545, loja 1061, Floresta, tel. (51) 3314-7061. Fabricação própria e revenda de malharias e confecções femininas. As roupas e biquínis têm desconto de cerca de 60%.

AREZZO OUTLET R. 5 de Abril, 445, Rio Branco, Novo Hamburgo, tel. (51) 593-5454. Única outlet da Arezzo no Brasil. Tem botas, tênis e todas as linhas de sapatos das coleções passadas com desconto de 20% a 70%.

ARMAZÉM DAS FÁBRICAS Av. Cel. Travassos, 719, Rondônia, Novo Hamburgo, tel. (51) 595.2606; Av. Paraguassú, 2255, Xangri-lá (de dezembro a março), tel.(51) 689-4950. 12 mil pares de calçados tipo exportação com descontos de 50% a 70%. Entre as grifes vendidas, estão as peças do estilista Mauricio Medeiros. Vende também pela Internet (www.armazemdasfabricas.com.br).

CASA DO SAPATO R. 1º de Março, 17, Centro, Novo Hamburgo, tel. (51) 593-3863. Peças de coleções antigas com 50% de desconto. Tem calçados masculinos, femininos e infantis de marcas como Luz da Luz, Via Marte, Azaléia e Ramarim.

CRISTÓFOLI R. Magalhães Calvet, 50, Centro, Novo Hamburgo, tel. (51) 595-2460. Calçados femininos e masculinos, cintos, carteiras e bolsas de coleções antigas e algumas peças da coleção atual da grife com descontos entre 50% a 70%.

EMPÓRIO K Av Plinio Brasil Milano, 1479, Higienópolis, tel. (51) 3328-1301; Av. das Hortências, 3955, Gramado, tel. (54) 295-1451 e mais três endereços. Estoque de 15 mil pares de sapatos distribuídos em quatro lojas. Vende bolsas e calçados femininos e masculinos, nas linhas alto esporte, social e festas por preços com 30% a 50% de desconto.

MERCADO DO SAPATO R. 24 de maio, 242, Vila Rosa, Novo Hamburgo, tel. (51) 527-0232. Sapatos masculinos e femininos tipo exportação com valor 50% mais baixo.

OUTLET SHOES BY MARTREA POLTRONIERE Frederico Linck, 883, Centro, Novo Hamburgo, tel. (51) 3035-5611; Borges de Medeiros, 1686, loja 3, Centro, Gramado, tel. (54) 286-0839; Borges de Medeiros, 2861, loja , Centro, Gramado, tel. (54) 286-5315. Sapatos tipo exportação de marca própria e de grifes nacionais femininos e infantis com descontos de 30% a 70%.

PONTA DO PÉ R. Felipe Camarão, 746, Bom Fim, tel. (51) 3022-8882. Marcas, como Arezzo, Cristófoli, Flor de Mel e Schutz, incluindo lançamentos, com cerca de 60% de desconto.

PUNTO DI MARCA R. Carlos Trein Filho, 1105, Bela Vista, tel. (51) 3028-8381. Sapatos tipo exportação fabricados no Vale dos Sinos e que não têm circulação nacional são vendidos a preços 30% mais baratos do as peças similares em lojas comuns.

REEBOK OUTLET R. Vilela Tavares, 30, São João, tel. (51) 3024-7675; Rua Dr. Flores, 188, Centro, Fone (51) 3018-1525 e mais dois endereços. Artigos esportivos, tênis e confecção masculina e feminina de coleções passadas a preços mais atrativos do que os praticados nas revendas Reeebok.

mais idéias para ficar rica brincando

20.12.05

meu projeto de ficar rica a partir de idéias esdrúxulas vai de vento em popa. pelo menos na parte das idéias esdrúxulas.

depois de ouvir pela milionésima vez que preciso fazer algum exercício físico, pensei que falta algum estímulo para quem detesta ginástica freqüentar a academia. saúde, bem-estar, fôlego não são palpáveis, para mim não funciona. preciso é de um brinde.

primeiro, pensei em chocolate. cada vez que o freqüentador fosse à academia, ganharia uma barrinha de shot ou crunch ou galak. mas a verdade é que chocolate não é uma boa idéia, ia colocar por terra todo o esforço.

qual a segunda melhor coisa do mundo, então? dinheiro. pois vem daí a minha idéia genial. a mensalidade da academia custará R$ 500,00. porém, a cada dia que o sócio comparecer, ele ganha R$ 10,00 em dinheiro. se ele for o mês todo, sem falhar um só dia, ganha R$ 300,00 e terá pago pela academia R$ 200,00. vai achar a academia super eficiente e sairá com dez pilas todo dia pra comer um açaí na saída.
vou ou não enriquecer?

da tevê

14.12.05

tu tens um programa às 23h44 na guaíba. como torná-lo atrativo? falando de opacímetros*, é evidente.

"nós temos um problema muito sério de poluição atmosférica. nós, que eu digo, é o mundo como um todo."

"70% da poluição em londres vem da calefação. 70% também vem dos automóveis."

*aparelho capaz de medir os níveis de fumaça expelidas pelos veículos.

gorda sem-vergonha

todo santo dia, como a mesma coisa: toddy light e pão com manteiga de manhã, uma colher de algo no almoço (massa, arroz, carreteiro, salada, carne), um shot (finado krot) de tarde, toddy light e pão com manteiga de noite. as variações ocorrem aos fins-de-semana ou durante a tarde, em um aniversário (real ou imaginário) quando a horda de gurias da economia encomenda um cento de negrinhos e branquinhos.

pois bem. como pão é uma parte indispensável da ração diária e algo que nunca me enjoa, em tempo algum, dei de gorda sem-vergonha no sábado. adquiri uma prática e fácil máquina de fazer pão, em dez vezes sem juros. é uma barbada de fazer, os pães são ótimos e não suja nada. bom, eu mesma ainda não fiz nenhum, mas como expert no tema, recomendo. se tudo der errado, pode ser meu ganha-pão. hein, hein? tá bom, tá bom, não pude resistir.

brasileiro adora futebol

São Paulo 2 x 1 Al-Ittihad, pelo Mundial de Clubes, no Japão. Rogério Ceni vai bater uma falta.

camila - paiêeeee, me traz papel higiênico que terminou aqui no banheeeeeiro!

pai - ah, não. deixa ele bater esta falta primeiro.

*****

galvão bueno - mas você acha que foi falta, arnaldo?

arnaldo cezar coelho - não, ele tentou cavar. isso é muito comum na américa latina, mas aqui na Eruopa*, isso não acontece.

*jogo no Japão.

*****

camila - pai. ô, pai. paiêee!
clarissa - pai, a camila te chamou
pai - que tu disse?
clarissa - a camila te chamou.
pai - nah.
camila - pai, por favor, só vem aqui na porta da cozinha.
pai - ...
camila - por favor, pai.
pai - ...
clarissa - pai, tu não tá ouvindo?
pai - ah, mas que merda... na hora da novela, vocês vão ver.

*****

profissão do lar

13.12.05

lembro da primeira vez que fui ao cinema com meu primeiro namorado e pedi dinheiro pro meu pai para pagar a entrada. “mas dinheiro? nasci na época errada mesmo. quando eu era guri, tinha que bancar o meu ingresso e o da namorada. agora, com três filhas, tenho que pagar de novo...” pobre pai. ele tem razão. a emancipação feminina não trouxe grandes benefícios.

tentei angariar seguidoras para minha tese no fim-de-semana, sem sucesso. mas raciocinem comigo. quando a mulher não trabalhava, não havia desemprego deste tamanho e os índices de violência eram menores, porque os filhos eram acompanhados de perto pelo chinelo da mãe. votamos, mas, aparentemente, isso não fez com que escolhêssemos melhor os governantes.

se parássemos de trabalhar, iam sobrar empregos para os nossos homens. os salários aumentariam, com a súbita escassez de mão-de-obra. poderíamos ficar em casa, fazendo cursos de cerâmica e história da arte. poderíamos ler mais, fazer academia, bater pernas no shopping center e planejar as férias da família. poderíamos cozinhar até.

pensem nisso, mulheres. nosso estresse, tendinite, cabelo maltratado, barriga, tudo culpa das nossas mães e das mães delas, que quiseram deixar uma vida segura, honesta, ao lado do marido, pra bater perna pela rua. boa coisa não ia dar.

clarissas

9.12.05


em não sendo um nome muito popular, acabo sendo chamada de clarice, larissa, marisa e até dóris (isso foi numa comanda). um tédio. mas pelo menos não tinha que ser a barreto no colégio, como a minha irmã camila, que só na sala dela tem quatro homônimas.

eis que entrou uma outra clarissa no jornal e os enganos se sucedem:

- oi clarissa, é a antonia de novo. recebeu o mail?
- ahn, oi... mail? antonia de onde? ah, acho que é com outra clarissa...
- clarissaaaaaa, telefone!
- passa pra mim!
- esse telefone não passa. atende aqui.
toc, toc, toc, toc, toc, toc, toc
- alô.
- oi, clarissa, é a antonia de novo. recebeu o mail?



minha certeza de ter um nome não tão comum caiu por terra. conforme este sítio (surrupiado do blog da rosele), clarissa é o 366º nome feminino mais popular nos estados unidos em 2004. após o boom de popularidade que experimentamos em 1996, com a 243ª colocação, nós clarissas perdemos espaço ano após ano para as ashleys (8º lugar), samanthas (9º) e as emilys e emmas (1º e 2º lugares respectivamente). até mesmo perla, sage e itzel (!) estão na dianteira e kaydence e sasha se aproximam perigosamente. cadê as autoridades que não tomam uma providência? por aí, fazendo guerra no iraque e batizando as filhas de emma.

homem no súper

8.12.05

nunca, nunca, nunca manda um homem no súper – nem no mercadinho, exceção pode ser dada à padaria, até um macaco bem treinado pode pedir cinco cacetinhos. eles SEMPRE voltarão com coisas a mais, caras e/ou inúteis, como leite de soja, quilos de frios, um suco novo com a inverossímil mistura de acerola+abacaxi+pepino em conserva.


mesmo meu pai, um homem vivido, com mulher e três filhas, que sabe perfeitamente que dentro de nossas intransigências uma prefere o.b., a outra tampax, a terceira sempre livre com abas e a quarta, sempre livre sem abas, faz das suas.

solicitado a comprar emergencialmente um pacote de sabão em pó numa venda (cruzes) perto de casa, decidiu fazer um excelente negócio: comprou uma marca nova, fabricada por gente nossa. preço baixo e ainda dar uma força para a combalida indústria gaúcha foram apelos irresistíveis.

resultado desastroso: alergia infinita nos membros da família, dodóis que parecem mordidas de mosquito pelo corpo. e omo entrou para sempre na listinha das intransigências, de onde nunca deveria ter saído.

ah, os hábitos

2.12.05

minha irmã de 16 anos não poderia entrar no banco porque ia ficar presa no detector de metais. não são brincos grandes ou piercings que esta juventude levada anda usando, não - e muito menos uma escopeta. são clipes. clipes de papel, que ela usa para prender a barra da calça de cotton (ainda se diz "cotton"?) que fica comprida. espero que isso seja alguma moda e não um sintoma de loucura.

contei isso pra lari ontem, por causa de um post do blog dela falando em fita adesiva para fazer a barra da calça (aliás, ainda se diz "barra"?)

o bagaceirismo é algo que se adere ao adolescente de uma forma incrível. quando saíamos de noite no ragga store, era saia, blusa, meia de ginástica e TÊNIS. tênis reebok, de botinha, que rasgou-se e foi colado com fita tape. creia, jovem que completou 18 anos e precisa se alistar no exército brasileiro, ninguém usava sandália, bota ou sapato, salvo em festas de 15 anos, quando se fazia necessária alguma pompa para comer estrogonofe com batata palha. e isso nem faz séculos, são só 10 anos.

como namorei durante o período de transição do tênis (1995) para a sandália (1997), quase não saía à noite, porque estávamos muito ocupados tendo brigas homéricas por causa de alguma assinatura maliciosa na camiseta do uniforme do terceiro ano ou "se tu não me deixa ler a tua agenda, é porque tu tem algum segredo para mim". aí, seguia-se a discussão, o choro, a conversa, o entendimento e as pazes. tudo isso no telefone, por duas horas, para desespero do meu pai.

quando terminamos, a moda tinha migrado para inacreditáveis botas e saias de couro, num momento fashion farrapos em pleno dado bier. só acredito nisso porque tenho fotos.

por sorte, nestes anos 2000, a moda virou algo vista-o-que-quiser. o que me permitiu, em um arroubo de saudosismo, ser pioneira no revival dos anos 90. é ou não dos déiz mais tri?