já comentei no blogui da lari que, na falta de outro doce qualquer, comi leite ninho e água com açúcar batidinho na xícara e fica parecidinho com leite condensado. não me orgulho, pelo contrário. acho essa dependência de doce uma coisa extremamente deprimente.
o que me consola é a explicação genética, não lembro se já contei aqui, aos 29 marcho inexoravelmente para a desmemória. pois bem. para exemplificar, cito que meu pai apostou com meu tio, na juventude, em rio grande, que tomaria, no bico, uma lata de leite moça, sem parar. e ganhou. o prêmio? outra lata. e que de outra feita, esta há pouco tempo, mãe comprou uma barra de chocolate de cobertura para fazer um doce e escondeu na gaveta de verduras da geladeira. e meu pai, com faro para açúcar similar ao das formigas, encontrou e mandou ver, mas deixou a embalagem certinha ali dentro. quando foi a hora de fazer o doce, só restava o papel.
nesta semana, corneteando a mim, que reclamava de ter de comer carne e salada todo sacrossanto dia, e à minha mãe, que fuma, ele disse que nenhum vício o controlava. fiz uma aposta, que consistia em uma semana sem pôr doce na boca. não durou 12 horas, com sobremesa na janta, com a desculpa de que na quinta ele faz aniversário e que não faria sentido sacrificar-se se perderia o jogo logo ali. tentarei de novo na semana que vem.
hoje estou tentando me controlar mais, porque a juventude vai-se indo e a barriga vai ficando e as opções não são muitas. mas nada de radicalismos. porque o que é de gosto regala a vida, e afinal de contas, doce é bom, ch. mas hoje, na academia, ouvi uma menina, que era minha contemporânea de santa inês, comentar que fazia DOZE ANOS que não punha um doce na boca. ante a minha incredulidade, ela emendou: "ah, eu como granola..."
ser gostosa pra caralho tem preço. mas ele é caro demais pra mim, definitivamente.